25 janeiro 2007

AURELIANO DE CAMPOS

AURELIANO DE CAMPOS
O Sacristão da Matriz
(A Nossa Gente)
Há pessoas que têm o condão de nos acompanhar nos bons e maus momentos marcantes da nossa vida. É o caso do nosso amigo Aureliano de Campos, sacristão na Igreja Matriz de Penafiel durante 51 anos.

Ele, o Aureliano, esteve presente no nosso baptismo, na nossa comunhão, na Visita Pascal aos nossos lares integrado no compasso, para alguns até no seu casamento, assim como nos funerais dos nossos entes queridos e amigos, por isso faz parte da nossa vivência.

Nascido a 6 de Março de 1928, desde muito novo começou a subir a escadaria da Igreja Matriz, na companhia de seu pai Firmino de Campos, com quem aprendeu o ofício de sacristão, até este lhe passar o testemunho.

Nesta vida dedicada à Igreja Matriz de Penafiel, colaborou com os padres Alcino, Albano e Artur com os quais cimentou grande amizade, deixando de exercer a sua profissão quando colaborava com Monsenhor Gabriel.

Grande parte da sua carreira profissional é passada com o padre Albano Ferreira da Silva, que lhe vai promover uma festa para assinalar o seu 40º aniversário de serviço prestado à comunidade como sacristão.

Aí, Aureliano de Campos, consegue algo impensável para muito boa gente engravatada cá da urbe, pois este simples homem consegue juntar nessa festa pessoas de todas as classes sociais, assim como gente da direita à esquerda politicamente falando.

No dia 14 de Janeiro de 2007, perdeu a luta que vinha travando ultimamente com a doença. A notícia percorreu a cidade de lés-a-lés.

Muitos foram os que te acompanharam à última morada, e muitos outros gostariam de estar presente mas os deveres profissionais não o permitiram.

O padre Cunha debitou palavras sentidas de reconhecimento por tudo que viveu e aprendeu contigo, da tua competência e amizade, e nós que te conhecemos e as ouvimos, sabemos que não te estava a elogiar mas sim a dizer a verdade.

O Aureliano de Campos, que para nós será sempre conhecido como o Sacristão da Matriz, à sua família, uma coisa lhes quero dizer:

Para os penafidelenses, o Aureliano, saiu desta vida para os braços do Senhor, pela porta grande da amizade. E se dúvidas houvessem, na missa do 7º dia ficaram desfeitas, pois apesar da noite fria que se fazia sentir, a igreja Matriz estava apinhada de gente, coisa rara nos tempos que correm.

06 janeiro 2007

CONFRADES DE BERLIMECO

COM E SEM OPA, VEJA A DIFERENÇA
(A Nossa Gente)
Ficção

Em BerliMeco, aos domingos de tarde, há um grupo de BerliMequenses que se dedica a visitar as capelas da zona e não só. Assim, depois do almoço, quem os quiser encontrar é no Largo o seu ponto de encontro para mais uma peregrinação. Por isso, esta gente serve muitas vezes de ponto de referência para os berliMequenses que desejam saber aonde existe o melhor néctar da videira no principado de BerliMeco e redondezas.

Quando algum lar BerliMequense tem uma confraternização familiar ou de amigos como seja casamento, comunhão ou um simples aniversário, lá se vai recorrer dos conhecimentos destes confrades sem opa de qualquer confraria, para servir aos seus convivas, a melhor pinga à mesa.

Isto vem a propósito de haver por aí um grupo de confrades dos vinhos cá da região, que apenas são nomeados para tais cargos, não porque percebam muito da coisa, mas porque têm determinados cargos sociais. Embora contrarie o espírito associativo que marca as confrarias, de as pessoas aderirem de livre vontade e não porque são convidadas, acontece que as confrarias recorrem a estas figuras com o fito de ganharem prestígio e recolher um certo estatuto social.

Como não podia deixar de ser, o nosso querido Ay-a-tola Al-Bertu e os seus amigos entronizados, volta e meia fazem a sua aparição com opa e turbante nas ruas de BerliMeco para unidos beberem umas copadas, malgadas ou canecadas de tintol ou brancol, consoante o barril e o vasilhame que esteja mais à mão, por vezes acompanhadas de petiscos mais conhecidos como BerliMeco à Mesa, na rota da lampreia (importada) em BerliMeco, ou na festa da castanha de BerliMeco.

Evidentemente que os BerliMequenses, já perceberam que aonde esta gente parar, nem sempre é sinal de ali estar o melhor vinho da região, mas o mais provável é que ali esteja a ser servido vinho de borla, pois é nesta modalidade que estes confrades são uns sabichões.

Enquanto os confrades de BerliMeco sem opa de qualquer confraria, aquando das suas romagens às capelinhas fazem as suas contas à moda do Porto, os entronizados da confraria trajando a rigor, fazem as contas à maneira de Al-pendurada.

05 janeiro 2007

BERLIMECOACTIVA

E OS SEUS RECURSOS HUMANOS
(A Nossa Gente)
Ficção

Em BerliMeco há um Meco burro que nem uma porta. Não só passa a vida super distraído, como volta e meia, em pleno horário laboral, põe-se a fazer flexões. Ora, neste vai e vem, neste acima e abaixo, quando deve estar em cima está em baixo e vice-versa.

Foi então que o nosso Ay-a-tola Al-Bertu, resolveu pôr termo a esta brincadeira. É que o referido Meco apostou com os outros, como conseguia levantar uma viatura. Assim, quando uma berliMequense vinha calmamente no seu Audi, este levou um impulso debaixo para cima igual à força do Meco, levando a condutora um susto de todo o tamanho, e ficando a sua viatura danificada. Uns diziam que o Meco anda tolo, outros que é a maquinaria que anda avariada, mas o que é certo e sabido é que o Meco é necessário, e não pode ser despedido como aconteceria a qualquer empregado que fizesse tal asneira, já que não há dinheiro para outra modalidade.

Ora como em BerliMeco os moradores são muito estimados, foi então que o nosso Ay-a-tola Al-bertu resolveu dar formação informática à terceira idade berliMequense. Todos os formando que obtiveram o reconhecimento e validação das suas competências, foi-lhes oferecido um computador portátil e oferta de emprego na empresa BerlimecoActiva.

Toda esta gente fez a sua tomada de posse no conclave Of-Syna, com juramento de bem servir a comunidade berliMequense, recebendo de imediato fardamento adequado para o exercício da sua função. Foi então que no começo do novo ano, os berliMequenses começaram a cruzar nas ruas com esta gente com crachá na lapela, com o seu nome drª. qualquer coisa, munida de computador portátil e sentada nas pedras que ladeiam os mecos, fazendo estes descerem e subirem através de um software instalado no seu computador com acesso wireless à Internet. Com a implementação desta medida política de largo alcance do Ay-a-tola Al-bertu, e inserida no Simplex de BerliMeco, nunca mais o Meco se atreveu a brincar nas horas de serviço e o problema ficou resolvido. Também devido à rapidez desta resolução, tal proeza entrou para o livro dos recordes berlimequenses.

Na foto que ilustra este texto, podemos ver várias doutoras da BerlimecoActiva, nas horas de lazer, aproveitando outra função da sua ferramenta, podendo verificar se a sua merecida reforma já foi depositada, assim como o respectivo vencimento da sua nova e nobre tarefa de fazer subir e descer o meco em plena praça pública, quer queiramos quer não, com esta idade, é obra de se lhe tirar o chapéu.

Por estas e por outras, é que eu desejo muitos sucessos à BerliMecoActiva e longa vida ao nosso Ay-a-tola Al-bertu.