15 agosto 2009

CONTOS E DITOS

ALGUNS CONTOS E DITOS
NO REINO DOS MATRAQUILHOS




No Reino dos Matraquilhos, devia haver todos os anos eleições. É que nos anos eleitorais, são inauguradas obras começadas à longa data, nem que sejam acabadas às três pancadas, e caso não existam deita-se mão ao lançamento da 1ª pedra para tudo e mais alguma coisa, pois o que é preciso é gerir ilusões, afirmando a “5ª coluna” que isto é só para inglês ver.

No Reino dos Matraquilhos também foi criada uma Zona Histórica, e o que consta, é que a mesma é um problema para o Presidente do Reino dos Matraquilhos. Por tal facto, há quem diga que ele vê-se grego com o caso. Outros há, que afirmam que ele não percebe nada do assunto, e atestam que aquilo para ele é chinês.

Agora que o Presidente do Reino dos Matraquilhos trouxe para cá a feira das diversões, ouvem-se as más-línguas dizerem que aquilo é uma americanice.

Outros há que não gostam das excursões que o Presidente do Reino dos Matraquilhos organiza para toda a gente, e outras reservadas aos amigalhaços, exibindo uma saúde económica que não existe no reino, ou melhor dizendo, gozando com o nosso dinheirinho à grande e à francesa.

Mas se o homem não faz nada, apregoam que é agarrado ao dinheiro ouvindo o dito que é pior que um judeu.

Quando alguma coisa funciona bem no Reino dos Matraquilhos, é caso para deitar foguetes, e porque são tão raras estas situações (fazendo excepção em vez de regra), quando tal acontece, há quem afirme que neste caso funcionou como um relógio suíço.
Se o Presidente do Reino dos Matraquilhos, trabalha dia e noite para conseguir um grande Centro Comercial que vai criar emprego nesta zona mais afectada com o desemprego no Reino, os do contra dizem que trabalha que nem um mouro, ou puxando geograficamente o assunto mais abaixo trabalha que nem um negro, ou tomando como exemplo os nossos vizinhos, trabalha que nem um galego.

Ao fazer os seus discursos de circunstância, se fala muito depressa os bota-abaixo do reino apregoam que parece um espanhol a palrar, mas se causa boa impressão com a sua palestra, lá vem a dor do cotovelo maldizer que ele não diz o que pensa, nem pensa o que diz.

Todos sabemos que o Presidente do Reino dos Matraquilhos nunca está disponível para nos atender, que não executa o que se compromete fazer, que os serviços que ele devia coordenar, assim como as empresas por ele criadas funcionam mal, e para encerrar este escrito com chave de oiro, podemos dizer que quem assim procede, trabalha mesmo à portuguesa.