25 abril 2012

25 DE ABRIL EM NOVELAS


25 DE ABRIL EM NOVELAS

Mais uma vez a freguesia de Novelas comemorou o 25 de Abril.



No salão da Junta de Freguesia de Novelas, na noite de 24 para 25 de Abril, fomos brindados com poemas na voz de Rui Vaz Pinto, e cantilenas que foram desde os Fados de Coimbra, passando pelas baladas, e desaguando no cancioneiro popular Açoriano e Alentejano, a cargo de Fernando Carvalho, Fernando Ribeiro e Carlos Cunha.

Se todo este leque de músicas e canções foram do meu agrado, uma há que me tocou especialmente e que se intitula “Três dia, e três noites”, de autoria de Fernando Peixoto (já falecido), e interpretada por Carlos Cunha.
Esta canção espelha bem o que foi a Guerra Colonial, peditório para o qual também contribuí, dando o corpo ao manifesto em Angola.

Estão de parabéns, todos quantos tornaram esta noite de Abril possível, e, é por causa destas e de outras coisas, que a Junta da Freguesia de Novelas continua a fazer a diferença… e Abril não desarma 


24 abril 2012

25 DE ABRIL SEMPRE!

16 abril 2012

TERRA DA FRATERNIDADE

TERRA DA FRATERNIDADE

GALIZA A ZECA AFONSO


10 de Maio de 2012

40 ANOS DEPOIS DE JOSÉ AFONSO CANTAR NA GALIZA PELA PRIMEIRA VEZ EM PÚBLICO A
"GRÂ
NDOLA VILA MORENA".


OS AMIGOS GALEGOS NÃO SE ESQUECEM DE
ZECA AFONSO



Nós por cá vamos dando asas ao provérbio de:
"Santos da Casa não fazem milagres",
esquecemos José Afonso,
o cantautor, que nos alertou um dia,
"que eles comem tudo e não deixam nada",
e "que o povo é quem mais ordena,
dentro de ti ó cidade".
.

13 abril 2012

ESCOLA – CANTINA

ESCOLA - CANTINA

AMÉRICA CARDEAL ROCHA MELO

Foi nesta escola primária, que muitas gerações de novelenses, começaram a aprender as suas primeiras letras.

Edificada ao lado da Igreja Paroquial de Novelas, fazendo jus à ligação em voga no tempo do Estado Novo, Escola - Igreja.

Embora sobre a porta de entrada principal se possa ler em letras garrafais “ESCOLA – CANTINA AMÉRICA CARDEAL ROCHA MELO”, apenas a cantina foi baptizada com o nome da esposa do benemérito cidadão Manuel da Rocha Melo.

Na acta da sessão da Câmara Municipal de Penafiel, do dia 19 de Abril de 1894, a Junta de Paróquia da Freguesia de Novelas, deste concelho de Penafiel, apresenta o pedido para a criação de uma escola – elementar mista, sendo decidido obter e apresentar, à Câmara Municipal de Penafiel esclarecimentos para esta se pronunciar.

A Câmara Municipal de Penafiel na sessão de 26 de Abril de 1894, tomou a seguinte resolução como se pode ler na acta:

“Elle vicepresidente (da C.M.P. Casimiro Sequeira de Sousa Rebello), apresentou o ofício do Governo Civil d’este distrito acompanhando a representação da junta de parochia de Novelas, a pedir uma escola, à cerca da qual foi encarregado pela Câmara de informar na sessão transacta – e prestando as informações que obteve em vista das leis e dos interesses da freguesia. Em vista d’estas informações, a câmara deliberou por unanimidade: que a pretenção da junta de parochia da freguesia de Novelas, em querer que seja estabelecida nessa freguesia uma escola elementar - sistema misto, e que, em vista dos muitos encargos que hoje pesam sobre a Câmara, mas tendo que desempenhar-se dos que lhe impõe o decreto de 6 de Agosto de 1892 = se obrigava e compromethia a prestar permanentemente, em quanto tal obrigação lhe competir, como possa a escola e habitação dos professores - e a respectiva mobília escolar, submetendo-se deliberação à aprovação superior para ser executada."

Texto extraído da acta de 26 de Abril de 1894


Em 5 de Outubro de 1910, foi implantada em Portugal a República, que instituiu o ensino público obrigatório para todos os cidadãos, com vista a combater a taxa de analfabetismo que rondava os 80% da população.

Como se pode ler no Decreto n.º 21.258, o filantropo Manuel da Rocha Melo doou, uma quantia para a construção das escolas de Bostelo e Novelas, assim como para a manutenção das respectivas cantinas.

Transcrevo alguns artigos do respectivo Decreto n.º 21.258, publicado no “Diário do Govêrno, de Quinta-feira 19 de Maio de 1932, da I Série – Número 116, pág. 874, que diz o seguinte:

“Art. 1º. É o Governo autorizado a aceitar a quantia de £ 2:600, em títulos de divida pública de 6 ½ por cento ouro, de 1923, que o cidadão Manuel da Rocha Melo doa ao Estado para manutenção das cantinas escolares de Bostelo e Novelas e bem assim a de 20.000$ com que o mesmo cidadão contribui para a construção dos respectivos edifícios escolares.

Art. 2º. Essas cantinas receberão, respectivamente, o nome de Cantina da Rocha Melo, de Bustelo, e Cantina da Rocha Melo, de Novelas.

Art. 4º. Tais fundos são administrados pela Câmara Municipal de Penafiel, por intermédio de comissões de três membros por ela nomeados entre os homens bons do concelho, para cada uma das duas cantinas.

§ 1º. Os membros dessas comissões serão nomeados por um ano. Poderão porém ser reconduzidos por igual período no caso de se verificar a sua boa administração.

§ 2º. As mesmas comissões superintenderão outrossim no funcionamento da cantina respectiva e poderão aceitar quaisquer donativos igualmente destinados à manutenção das cantinas.

Art. 5º. Os fundos das cantinas, bem como os seus rendimentos, são isentos de quaisquer ónus camarários presentes ou futuros.

Escola - Cantina América Cardeal Rocha Melo


Domingo, 22 de Novembro de 1936, foi inaugurada solenemente a Escola - Cantina América Cardeal Rocha Melo, na freguesia de Novelas, cuja obra se deve ao Estado Novo e ao grande benemérito Manuel da Rocha Melo desta freguesia.

.....um grupo de raparigas, em trajes regionais, cobriu os ilustres visitantes com uma demorada chuva de flores de mistura com o estalejar de foguetes, ruidosos vivas da assistência numerosa, que ali se comprimia, e ao som dos acordes da banda marcial de Paredes.

Procedeu à bênção solene da Escola o reverendo pároco da freguesia de Novelas António Domingues da Fonseca seguindo-se uma sessão solene, cuja mesa era constituída pelos srs. Engenheiro Gomes da Silva, Director Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, presidente, ladeado pelo sr. Rocha Melo; Adriano Mota, Director do Distrito Escolar; Padre Carlos Pereira Soares, Presidente da Câmara, Adriano Pais Neto e Capitão Couto de Vasconcelos, vereadores.

…Discursaram brilhantemente acerca do objectivo da festa e à benemerência dos homenageados...

Um menino e uma menina, alunos da escola, recitaram cada um o seu discurso, alusivos ao significado da festa.

No final foi distribuído, pelas crianças da escola um suculento almoço, servido pelas senhoras da terra, e confeccionado na respectiva cantina.

Por último o sr. Rocha Melo ofereceu um lauto almoço na sua casa da Tulha, em Novelas.


Entrada principal da Quinta da Tulha.

Tal como hoje, nesses tempos idos, a fome sentava-se à mesa de muitos lares. Com subsídios da Cáritas portuguesa, na cantina América Cardeal Rocha Melo, não só eram servidas as refeições aos alunos mais carenciados da freguesia, como também a sopa dos pobres, que nos tempos ditos democráticos se chama banco alimentar.

A escola mais antiga da freguesia de Novelas, é denominada, nos tempos que correm, por Escola Ponte n.º1. Não faço ideia, porque não foi aproveitado o nome de América Cardeal Rocha Melo para a mesma, ou será mais chique ou funcional, a escola ter um nome, e a cantina outro? … pois, não quero crer, que por qualquer motivo que me escapa, o nome da senhora fere a dita democracia instalada.


Justino do Fundo, cumprimentando António da Silva Meireles (de costas para a foto). Infelizmente, ambos já não fazem parte do nosso convívio.


No ano de 1985, esta escola beneficiou de obras custeadas pela Junta de Freguesia de Novelas sendo seu presidente o Sr. António da Silva Meireles, e pela Câmara Municipal de Penafiel chefiada por António Justino da Costa Luís do Fundo.

Já no ano 2000, a escola sofreu obras de restauro, assim como a substituição do mobiliário e caixilharia. Nesta altura, era Presidente de Junta o Sr. António Rocha e Presidente do Município o Sr. Dr. Rui António Pinto Silva.

Entretanto, foi-lhe anexado um infantário, para crianças mais pequenas.

A escola é composta por duas salas de aula, uma cantina com cozinha, sala de professores, uma casa de banho para os rapazes, uma casa de banho para as raparigas, e uma casa de banho para professores. Existe um grande recinto em redor da escola, um átrio de entrada e um recinto coberto, a escola oferece umas boas condições para quem a frequenta.

Agora com a cantilena da troyka, faço voto que não venha a encerrar esta escola, como também o desaparecimento da Junta da Freguesia de Novelas.


Para a elaboração deste texto foram consultados:

- Os Jornais “O Tempo”, e “O Penafidelense” da época.

- As Actas da Câmara Municipal de Penafiel

- O Diário do Governo de 19 de Maio de 1932

- A “Monografia de Novelas”

- Fotos cedidas pelo meu amigo Meireles

01 abril 2012

GAIVOTAS EM PENAFIEL

SÃO ATRACÇÃO TURÍSTICA

Foto cedida por Napoleão Monteiro

Depois de ter falhado a Rota dos Vinhos Verdes e a Rota do Românico, a maior atracção da cidade de Penafiel é, sem qualquer sombra de dúvida, as gaivotas.
Sabendo nós que Penafiel é uma cidade fora da orla marítima portuguesa, como é que um conjunto de gaivotas a escolheu para seu habitat. Ao que dizem, as mesmas foram trazidas pelos submarinos comprados pelo Paulo Portas, que atracaram no Rio Cavalum.
Evidentemente que este fenómeno facilmente passou a atracção turística, sendo aos milhares os visitantes que visitam esta cidade para estudarem este fenómeno.
Perante isto, a Câmara Municipal de Penafiel, aproveitou e bem, a regeneração urbana em curso, para brindar estas aves com um pombal na zona histórica da cidade, mais propriamente no Largo do Padre Américo.

Espero que as aves aceitem este esforço da comarca e se reproduzam para prolongar no tempo esta atracção.

Desde já quero agradecer publicamente às gaivotas, pois só elas justificam uma visita a Penafiel, já que durante estes anos de mandatos da coligação "Penafiel Quer", nada de novo e de bom foi feito para justificar a sua visita.