18 março 2012

ANTIGA FÁBRICA DE SABÃO

DE SIMÃO RODRIGUES FERREIRA

Este edifício da antiga fábrica de sabão situado no Quelho da Fábrica, do ilustre penafidelense, Simão Rodrigues Ferreira, que para além de ter sido um grande industrial e comerciante foi também, um historiador insigne.

A fábrica no ano de 1863, empregava sete homens, com os quais despendia anualmente pouco mais de 600$000 réis.

Registe-se alguns valores desse mesmo ano gastos em matérias-primas, para a laboração da Saboaria.

Consumiu:

- 285 carros de lenha, ao preço médio de 900 réis.

- 50 q. métricos de cal 70$000.

- 358 razões de sal, aqui posto 93$000.

- 52 pipas e seis canadas, 1044,5 almudes de azeite fino e grosso 4711$525.

- 30.081 kg de cebo 52384$830

- Soda refinada de 54 alkali 25685 Kg, valor 1669$500

Resinas 1555 Kg valor 350$400

Nesse ano de 1863, a fábrica produziu 80.608 kg de sabão branco e amarelo, que aproximadamente vendeu no referido ano no valor de quase 14 contos.

PENSÃO MORAIS

EM CONSTRUÇÃO




Os meus agradecimentos ao amigo Filipe, por me ter enviado esta foto

O CANTINHO

ONTEM COMO HOJE

O MESMO PROBLEMA


Devido à inclinação do piso do Largo da Ajuda na cidade de Penafiel, sempre que chove, forma-se um pequeno lago à porta do café "O Cantinho".

Como se pode verificar na foto tirada no dia 19 de Setembro de 1962, já no antigamente acontecia o mesmo.

Se as soleiras das portas foram subidas pelo proprietário, para a água não entrar no estabelecimento, já o mesmo cuidado não se verificou por parte da Câmara Municipal de Penafiel, que não colocou um bueiro junto à entrada do mesmo, pelo que, quando chove, ontem como hoje, os clientes ficam impossibilitados de entrarem e saírem do Cantinho, sem que tenham de molharem as calças, no pequeno lago que aí se forma.

São obras à portuguesa com certeza, idealizadas em laboratórios de gabinete por gente muito bem pensante, mas que no fundo desconhece a cidade.

14 março 2012

NOSSO SENHOR DA OLIVEIRA

NA IGREJA

DE NOSSA SENHORA DA AJUDA

NESTA QUADRA DA QUARESMA


Consta que, após a Última Ceia, Jesus retirou-se para o Jardim das Oliveiras, para orar. Tomando consigo os Apóstolos Pedro, João e Tiago, recomendou-lhes “Vigiai e Orai”.

No entanto, eles adormeceram, abandonando a vigilância consequentemente não se apercebendo da aproximação de Judas, que, conforme combinado previamente com os Romanos, deu a Jesus o beijo de traição.

Depois de nos terem presenteado com um presépio pelo Natal, agora nesta época quaresmal, brindam-nos com "Nosso Senhor da Oliveira, e mais uma vez, os seus promotores Mabilde e António estão de parabéns.

11 março 2012

AVARIADO NO TEMPO


No jornal “O Penafidelense” de 8 de Março de 2012, na rúbrica “Penafiel Século XX”, de José F. Coelho Ferreira, no final do copy-paste com o título “INTERNATO MARGARIDA ALVES PASSA PARA A MISERICÓRDIA” , diz o seguinte:

…. …. …. …. ….

Cerca de vinte anos depois, em Junho de 1956, no edifício do Internato Margarida Magalhães, foi instalada a “Escola Técnica”, e, aí funcionou, até que, em 1976, com a criação do Ensino Unificado, se transformou em Escola Secundária de Penafiel.

Acontece, que a Escola Industrial de Penafiel, vulgarmente chamada de Escola Técnica, foi criada pelo Decreto N.º 43.401 de 15 de Dezembro de 1960, tendo a mesma abrindo as suas portas pela primeira vez, no dia 9 de Outubro de 1961. Pois, naquele tempo, os anos escolares tinham início no mês de Outubro.

Quanto ao Ensino Unificado, mais uma vez José F. Coelho Ferreira errou. É que o Decreto-lei 80/78, que extingue a Escola Industrial e Comercial de Penafiel, e o Liceu Nacional de Penafiel, é datado de 27 de Abril de 1978.

E, da fusão destes dois estabelecimentos de ensino, nasceu a Escola Secundária de Penafiel em 1978, e não 1976.

É caso para dizer que este texto publicado no jornal “O Penafidelense” , está avariado no tempo.

05 março 2012

INAUGURAÇÃO DOS C.T.Ts. DE PENAFIEL

INAUGURAÇÃO DOS C.T.Ts. DE PENAFIEL

18 DE SETEM
BRO DE 1941


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Quinta-feira, 18 de Setembro de 1941, depois de ter sido inaugurada a Ponte Duarte Pacheco, em Entre-os Rios, pelo Presidente da República Ex.mo Sr. General António Óscar Fragoso Carmona, a comitiva composta por sua esposa, pelo Ministro das Obras Públicas e Comunicação, Eng.º Duarte Pacheco, o sub Secretário de Estado das Obras Públicas e Comunicação, o Bispo do Porto D. António Augusto de Castro Meireles, o Governador Civil António Augusto Pires de Lima, o General Comandante da 1.ª Região Militar, o Presidente da Junta Autónoma das Estradas M. Silveira e Castro, Comandante Distrital da Legião Portuguesa, deputado Dr. Marques de Carvalho, Chefe da E.M. da Região, União Nacional, Junta Geral do Distrito, Dr. Avelino Soares, delegado provincial da Mocidade Portuguesa, Coronel Namorado Aguiar, Chefe dos Serviços de Imprensa do Secretariado da Propaganda Nacional, Eng.º Director de Estado, Eng.º Director dos Monumentos Nacionais, Eng.º Director dos Edifícios, Presidente da Câmara de Penafiel, Padre Carlos Pereira Soares, Presidente da Câmara do Marco de Canaveses e outras entidades oficiais, dirigiram-se ao Hotel da Torre, onde a Câmara Municipal de Penafiel, ofereceu um almoço a toda a comitiva.


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Enquanto isto se desenrolava para os lados de Entre-os-Rios, na cidade de Penafiel davam-se os últimos retoques nas ornamentações, para receber Sua Excelência o Presidente da República General Óscar Carmona e sua comitiva.


Presidente da República

António Óscar Fragoso Carmona

A Av. Sacadura Cabral (antiga Rua Formosa), e a Praça Municipal, apresentavam desde as primeiras horas da manhã um aspecto festivo.

As bandeiras e as colchas mais vistosas expostas nas varandas alindavam os edifícios, transmitindo uma alegria intensa a todos os penafidelenses.

No edifício dos Correios, Telégrafos e Telefones, trabalhava-se afincadamente, para estar tudo em ordem na hora da inauguração.

Bandas marciais e legionários chegavam à cidade, assim como a multidão ia-se aglomerando nas ruas.

A guarda de honra a sua Ex.ª o Presidente da República foi feita por uma formação de cadetes (futuros oficiais) do C. I. I. (Centro de Instrução de Infantaria) desta cidade, e pela banda da Infantaria 6.

Pelas 16 horas, numa cerimónia breve, o General Óscar Carmona, procede à inauguração do edifico do C.T.T., e finda esta, o Chefe de Estado foi postar-se no passeio em frente à Câmara Municipal rodeado da sua casa militar e restante comitiva.

Os garbosos cadetes, e mais militares, desfilam em continência diante da tribuna de honra.

A multidão aplaude…

As crianças das escolas, agitam a bandeira de Portugal, e gritam… Viva a Pátria!

Enquanto Sua Excelência o Presidente da República e comitiva se despedem, os motores das motos e dos automóveis que os onde transportar à capital começam a roncar.

Todas as fases das cerimónias referidas, assim como os discursos foram transmitidos pela E.N. (Emissora Nacional), que para tal fim, se deslocou a esta cidade e a Entre-os-rios.