30 junho 2012

ABÍLIO MIRANDA


ABÍLIO MIRANDA
Grande estudioso e Homem de cultura

Abílio Miranda na Biblioteca - Museu, quando esta funcionava na Praça da República.

Abílio Pinto Soares de Miranda, nasceu em Penafiel no dia 24 de Dezembro de 1893, numa casa na Rua Alfredo Pereira onde viveu e morreu no dia 31 de Maio de 1962.

Casa onde nasceu, viveu e morreu Abílio Miranda, na Rua Alfredo Pereira em Penafiel


Estudou até ao 3.º ano liceal no Colégio de Nossa Senhora do Carmo, abandonando a escola para ajudar seu pai, na actividade profissional de farmacêutico, na Farmácia Miranda propriedade de seu pai, situada no Largo da Ajuda em Penafiel.

Casou aos 24 anos com Irlinda Alzira de Matos Vieira de Melo da Cunha Osório, da freguesia de Macieira, concelho de Lousada.

Em 1919, aquando da proclamação da “Monarquia do Norte” colocou a bandeira na varanda, e foi motivo de mordaz crítica de um jornal.

Era um apaixonado por arqueologia, Etnografia, Jornalismo, Desporto, Comércio e Voluntariado.

1926 – É vereador da Câmara Municipal de Penafiel.

1927 – 6 de Junho reabre as portas da Biblioteca Municipal, depois de a ter organiza pela segunda vez.

Entre o ano de 1927 e 1929, lança e dirige a publicação em fascículos da revista “Penha-Fidelis”, tendo sido publicados 14 números.
Curiosamente, nem a Câmara Municipal lhe compra todos os fascículos.

1929 – Em Junho, é eleito Presidente doa Bombeiros Voluntários de Penafiel, tomando posse pouco tempo depois como Comandante da corporação.
 
Dedicou a sua atenção ao desporto do concelho, uma vez que acreditava nele como "escola de formação para a vida", tendo construído, a expensas suas, o Campo da Saudade do União Desportiva Penafidelense, palco de vários campeonatos distritais. 

1961 – 17 de Junho, a Câmara Municipal atribuiu o seu nome a uma sala de leitura na Biblioteca – Museu.

1963 – É atribuído o seu nome a uma rua que tem início no Largo dos Bombeiros e termina na Rua do Trinta e três, próximo do Estádio Municipal 25 de Abril.

O Presidente da Câmara Coronel Cipriano Fontes, no momento em que entregava a Medalha de Honra da Cidade e Concelho, à viúva de Abílio Miranda, D. Irlinda Alzira de Matos Vieira de Melo da Cunha Osório.

 1965 – No dia 14 de Março, é-lhe atribuída, a título póstumo, a medalha de Honra da Cidade e Concelho, e inaugurado no Largo da Ajuda um obelisco, dedicado à memória do arqueólogo e escritor penafidelense Abílio Miranda.

O desenho do obelisco saiu do lápis do funcionário da Secção Técnica da Câmara, António Carlos Moreira.


A efígie de Abílio Miranda, fundida em bronze e que sobressai da face frontal do monumento, foi obra do escultor Júlio Giraldes.


Os lavristas Almeidas, Vitorino, António e Manuel, que a golpes de cinzel hábil, executaram o obelisco. 


Levantamento do monumento a Abílio Miranda no Largo da Ajuda



Faces do obelisco

Na inauguração do monumento no dia 14 de Março de 1965, no Largo da Ajuda, a viúva de Abílio Miranda, D. Irlinda Alzira de Matos Vieira de Melo da Cunha Osório, descerrou a bandeira do Município que o cobria.

Aspecto da inauguração no dia 14 de Março de 1965

Apesar da muita chuva que caía, a cidade e o concelho de Penafiel, tendo à frente as figuras do Chefe do Distrito e das suas mais altas individualidades, associaram-se em peso a este singelo acto.


Em 1993, este monumento é trasladado para o largo do novo quartel dos Bombeiros.

Desenho do monumento a Abílio Miranda no Largo da Ajuda, impresso na capa do Boletim da Comissão Municipal de Cultura de Penafiel, de autoria de Maria Fernanda de Castro Vila Pouca, brasileira de ascendentes portugueses residente no Rio de Janeiro.

11 junho 2012

MARCHA SOLIDÁRIA E OLÍMPICA


MARCHA SOLIDÁRIA E OLÍMPICA


No dia 8 de Junho de 2012, encontrava-me com dois amigos no Largo da Ajuda, quando de repente, um número considerável de jovens rompe pela Rua do Paço, empunhando bandeiras dos vários países do mundo, ao mesmo tempo que vestiam uma camisola de cor azul, com os seguintes dizeres:
III Corrida Solidária S. Tomé e Príncipe.


Pertenciam à Escola EBS Pinheiro que, em colaboração com Médicos do Mundo, organizou esta III Corrida / Marcha Solidária e Olímpica.


 Ao longo do ano lectivo, o Agrupamento de Escolas de Pinheiro desenvolveu o Projecto "Jogos Olímpicos de Pinheiro de 2012" com um conjunto de actividades desportivas e culturais que envolveram todos os alunos, docentes, não docentes e encarregados de educação de todas as escolas que integram este agrupamento.

A III Corrida / Marcha Solidária tinha como finalidade a recolha de donativos para os jovens de S. Tomé e Príncipe e para a população idosa de Portugal. 

Neste mesmo dia, decorreram também, no período da manhã, as finais dos Torneios Olímpicos no pavilhão Fernanda Ribeiro e campos relvados adjacentes, e às 20 horas iniciou-se o Sarau Olímpico.

Esta marcha transmitia muita alegria e dava um colorido às ruas por onde passava.

A testemunhar do que atrás foi dito, aqui vão algumas fotos. 








09 junho 2012

LOTE CAFÉ AO MELO


Lote Café Ao Melo

MANUEL MOREIRA GUEDES E MELO



















Onde hoje se encontra a churrasqueira, na Av. Sacadura Cabral, em Penafiel, funcionava antigamente a Mercearia Melo. 

Edifício da Churrasqueira

 “Manuel Moreira Guedes e Melo, patrão da dita mercearia, criou uma mistura composta à base de 30% de café e 70% de chicória a qual era vendida no seu estabelecimento.
Durante largos anos enraizou-se o seu consumo na Cidade de Penafiel a partir de uma ideia do “Sr. Melo da Capela” que, enquanto Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Penafiel, detentora do Hospital da Misericórdia, pedia ao pessoal que desse aos doentes o seu café, pois ele era “meia-cura” para as suas maleitas.   
A chicória – parte ingrediente pela sua riqueza em fibras é responsável pelo bom funcionamento intestinal, sendo um óptimo regulador.
“O Sr. Melo da Capela” nasceu pela lua nova de Novembro de 1870, não na freguesia da Capela mas sim na vizinha freguesia da Figueira, falecendo a 19 de Fevereiro de 1959, com 88 anos.
Encontra-se sepultado no Cemitério de Penafiel.”

Texto fornecido pelo amigo Manuel Fonseca


MANUEL B. FONSECA  - Ao balcão da sua "Mercearia AO MELO"

O amigo Fonseca que trabalhou vários anos na Mercearia Melo, quando esta encerrou as suas portas, resolveu continuar neste ramo de actividade, abrindo a sua própria mercearia na Rua do Bom Retiro Nº.29 em Penafiel, a qual baptizou de mercearia “Ao Melo”, apostando no bom café entre outras especialidades, continuando a fabricação desta mistura, dando-lhe o nome “Lote Café Ao Melo”.  

  
 Hoje em dia, pode adquiri-lo nos seguintes locais na cidade de Penafiel: 


MERCEARIA AO MELO na Rua do Bom Retiro

"QUIOSQUE DA FELICIDADE"  Junto à Igreja das Freiras
 
Loja "DA NOSSA TERRA" no Largo Padre Américo

Na "PADARIA DO JOÃO" no Edifício Cavalum

Por um período de tempo limitado, também o pode saborear, gratuitamente, na casa Cardoso da Saudade, situada na Av. Sacadura Cabral em Penafiel.
CASA "CARDOSO DA SAUDADE" - Montra

À porta de entrada um convite "Venha Tomar Café Connosco"

08 junho 2012

A PROCISSÃO DO CORPO DE DEUS


A PROCISSÃO 
DO CORPO DE DEUS
EM 
PENAFIEL 




 A procissão do Corpo de Deus que se realizou em Penafiel neste ano de 2012, melhorou em quantidade e qualidade, em relação aos anos anteriores. 

Em quantidade, em virtude do número de figurantes ser superior, apresentando a procissão mais quadros bíblicos, e em qualidade porque esta juventude da idade dos “entas” ou perto dela, não precisar de ser guiada pelos escuteiros, mantendo tanto na subida ao Santuário de Nossa Senhora da Piedade, como no percurso até à Igreja da Matriz uma postura exemplar. 

Quem sabe, se não está aqui a solução encontrada, para a procissão vir a adquirir o brilho de outrora.














A todos quantos nela participaram os meus parabéns, assim como uma palavra de apreço a Monsenhor Gabriel da Costa Maia, que realizou toda esta caminhada, sabe-se Deus com que custo.





06 junho 2012

QUIOSQUE CÉU AZUL

Mais uma foto do primitivo Quiosque Céu Azul, para os penafidelenses matarem saudades, e ao mesmo tempo compararem com o actual e o futuro quiosque,  fruto da tal regeneração urbana.


02 junho 2012

CONTA-ME COMO ERA


O CORPO DE DEUS EM PENAFIEL


A Festa do Corpo de Deus em Penafiel já foi cabeça de cartaz da região, e tempos houve que até comboios especiais a C.P. punha a circular fazendo a ligação Porto – Penafiel e vice-versa.
A única atracção que actualmente está mais bem organizada, é o cortejo do carneirinho.



Quanto ao espectáculo musical da véspera foi caindo de qualidade, apostando-se mais na Feira da Agrival, realizada no mês de Agosto na freguesia de Milhundos, apresentando nos dias que correm, qualquer freguesia do concelho e não só, um cartaz mais atrativo nas festas em honra ao seu padroeiro.



 No tempo em que não havia computadores nem playstation, os miúdos da cidade faziam fila para tirar as medidas para irem de figurantes na procissão. Além de serem muitos mais os quadros bíblicos que compunham a procissão, até os heróis da nossa história de Portugal tinham o seu lugar, desde o D. Afonso Henriques, o Infante D. Henrique, Nuno Álvares Pereira, Mocidade Portuguesa, etc., não vivêssemos nós, debaixo da trilogia da Educação Nacional: “Deus, Pátria e Família, sendo notório até nas próprias procissões, a forte ligação do Estado Novo à Igreja. 






Anos houve, que na véspera se realizava uma parada, onde a indústria do concelho e casas comerciais locais se faziam representar, assim como os estabelecimentos de ensino. Evidentemente que, os poleirantes actuais desconhecem tudo isto. Uns porque não são de cá, outros porque são novos demais para terem vivido estas cousas. 

Garagem Egas Moniz
Garagem Albano Miguel
Casa da Sagrada Família

Casa SINGER
Colégio do Carmo

Juntamente com os ranchos folclóricos do concelho de Penafiel, eram contratados grupos folclóricos de outras regiões, estando-me a lembrar dos Pauliteiros de Miranda, que actuavam durante o dia nas ruas da cidade, e à noite debaixo do coberto da Praça do Mercado, num palco aí montado.






 Embora nos dissessem que erámos “a terra melhor do mundo”, “a capital do comércio do Vale do Sousa”, “que icem bandeiras prateadas ou douradas da mobilidade”, quem nos (des) governou durante estes anos, nada fez e faz para inverter a desertificação do miolo da cidade, e sem pessoas temos uma cidade sem alma, descaracterizada, e o bairrismo do “Sentir Penafiel”, se é que ainda existe, anda ao nível da sola dos sapatos. E com tanto chão em pedra, até este pouco, vai-se romper num instante.