29 outubro 2014

A 1.ª FESTA DO LAGO



A 1.ª FESTA DO LAGO
18 DE SETEMBRO DE 1954

Selo referente à Festa do Lago de 1957

Fez no dia18 de Setembro passado, sessenta anos que se realizou a primeira Festa do Lago.


A Festa do Lago, realizava-se no Parque Zeferino de Oliveira, e era por assim dizer um arraial minhoto com baile, sendo a pista de dança, o fundo do lago, que nessa altura era esvaziado e limpo.


Os benefícios de tal evento, revertiam para o Hospital da Santa Casa da Misericórdia, e nos últimos anos que se realizou a Festa do Lago, eram para o Futebol Clube Penafiel.

Neste ano de 1954, faziam parte da Comissão de Honra as senhoras:

D. Maria Dina N. da Costa Graça, D Ana da Conceição C. M. Rocha Reis, D. Maria Júlia Mesquita de Carvalho, a Dila Viana e Silva, D Maria Emília Viana Guimarães, D. Maria Alice Moura de Carvalho e D. Maria Margarida R, Queiroz Barroso;
 
E os senhores:

Dr. Joaquim da Rocha Reis, Dr. Victor Moura de Carvalho, Dr. Luís P, A. da Silva, Dr. Manuel da Costa Guimarães, Dr. Francisco Brandão Rodrigues dos Santos e, Dr. José Luiz Afonso Barroso.

A comissão executiva foi constituída pelos senhores Humberto G. da Silva Mendes, António Carlos Moreira, Henrique A. 1. Machado Aguiar e Jaime Augusto B. M. Rocha Reis.

Devido à sua originalidade, as Festas do Lago, eram verdadeiros sonhos das mil e uma noites, dançando-se animadamente desde as 22 horas às 7 do dia seguinte.

Deslocavam-se à nossa terra pessoas de toda a parte do país e até da nossa vizinha Galiza, podendo-se contar por centenas os automóveis que estacionavam junto do atraente Parque, emprestando-lhe alegria e movimento, como é próprio dos grandes acontecimentos.


Neste ano inaugural da Festa do Lago (1954), cujo produto foi cerca de trinta contos que reverteram para a Misericórdia de Penafiel, o baile foi abrilhantado pela Orquestra Sousa Júnior, que deixou as melhores impressões pela sua actuação.

O recinto achava-se profusamente iluminado e decorado, oferecendo um aspecto grandioso. 

Cartaz da Festa do Lago

Houve serviço de bufete a cargo de distintas senhoras da nossa terra, que quiseram assim contribuir para obra tão meritória como é a do nosso Hospital.

Como nota curiosa, o Ex.mo Senhor Joaquim Melo da Cunha, importante industrial na cidade do Rio de Janeiro, Brasil, que se encontrava em gozo de férias na sua casa em Tresvia na freguesia de Bustelo, donde é natural, contribuiu para esta Festa do Lago de 1954, com cinco mil escudos.

Podemos afirmar, sem receio desmedido, que a Festa do Lago, foi das coisas mais importantes que se realizou em Penafiel, atraindo ao local algumas milhares de pessoas, que se retiravam com a maior satisfação pelo tempo bem passado, e pelo espectáculo tão maravilhoso a que tinham assistido, prometendo regressar no ano seguinte.

Foto de Beça Moreira

Hoje, caso se realiza-se tal Festa, devido às obras de amputação do Lago, talvez fosse baptizada por Festa no Tanque.

A rapaziada de agora está mais virada para a moda das “Rotas” de qualquer coisa, que existe em todos os lados, e por mais voltas que se lhes dê, nunca projectaram o nome de Penafiel como a Festa do Lago.

26 outubro 2014

LUÍS CÍLIA



LUÍS CÍLIA


Luís Fernando Castelo Branco Cília, compositor e cantor, nasceu em Nova Lisboa, hoje Huambo, Angola, a 1 de Fevereiro de 1943.

Na sua adolescência participa em grupos musicais nos quais toca, na altura, música rock, tipo Elvis Presley.

Acabado o liceu em 1959, e como não havia Universidade em Angola, vem para Lisboa, estudar Economia. 

No ano de 1962, trava conhecimento com o poeta Daniel Filipe que lhe mostra discos de Leo Ferré e George Brassens o que o leva a inflectir de tipo de opção musical. 

Participa nas lutas académicas de Lisboa, ou como ele refere com modéstia “era mais um que estava na cantina… Concretamente, no seu processo individual na PIDE (proc.1936/E-GT) nas suas dez folhas, encontra-se um registo de prisão, de 1962, em razão da sua participação numa greve de fome na cantina da Universidade de Lisboa.

Com a PIDE à perna, em 1963, e para evitar a Guerra Colonial, decide abandonar o país. 



Chega a Paris a 1 de Abril de 1964. Trava conhecimento de imediato com políticos, poetas e músicos, com realce para a cantora Collete Magny a qual o irá apresentar à editora do seu primeiro disco: a “Chant du Monde”. Grava o LP “Portugal-Angola: Chants de Lutte.” 
                    
Trabalha arduamente a sua vocação musical tendo para tal o apoio de Michel Puig, para composição e de Antonio Membrado para o domínio técnico instrumental da viola. Começa a participar em recitais. 


Entre 1965 e 1966, trava conhecimento com grandes expoentes da música francesa como George Brassens o qual é o seu “padrinho” quando se inscreve na Sociedade dos Autores, em França. Posteriormente conhece o músico espanhol Paço Ibañez, de quem se tornou muito amigo e companheiro nos espectáculos profissionais e nos de pura militância, para sindicatos, associações e partidos. Edita o EP “Portugal Resiste” e faz a música do filme “O Salto”. 



Actua no “Festival Folk 2” em Turim, Itália. Neste Festival actua também entre outros Colette Magny. (primeira gravação ao vivo - 1965).

Participa no Primeiro Festival Espanhol, promovido pela "La Carraca" no Théatre de la Commune de Aubervilliers., ao lado de Paco Ibanez, Raimon, Pi de la Serra entre outros.

Em 1967, vai a Cuba, no Verão. Em relação a este 1.º Festival da Canção de Protesto em Cuba, o jornal cubano Granma, informa que o músico teria “[...] sido galardoado com o primeiro prémio da ‘canção revolucionária’” (in processo individual da PIDE). 

Actua também em França (Junho) ao lado de Paco Ibanez.

Actua regularmente em 1968, para a emigração portuguesa em França. Um dos locais onde mais actuou foi no Foyer du Bâtiment, na Casa dos Operários da Construção Civil. Devido à sua acção política empenhada a sua habitação em França foi "visitada" pela PIDE, que tudo lhe remexeram. A queixa à polícia francesa de nada lhe valeu. 

Participa activamente no Maio de 68, realizando espectáculos de apoio aos estudantes e operários, ao lado de  Paco Ibañez e de Collete Magny. Neste ano compõe o "Avante", canção que se tornará, mais tarde, o hino do Partido Comunista Português, do qual era militante na altura. 


Já em 1969, é expulso do PCP clandestino em França, devido a receber em sua casa, amigos de outras convicções políticas. O que ele nunca deixará de fazer porque eram seus amigos. 

1970 - Actua na Semana da Canção Ibérica, em Paris. Neste mesmo ano realiza-se a 10 de novembro o  encontro "La Chanson de Combat Portugaise" na Maison de la Mutualité, em Paris. Atua conjuntamente com Sérgio Godinho, José Mário Branco, Tino Flores e José Afonso.


O núcleo do PCP de Paris em 1971, verificando o erro cometido, pede-lhe desculpas pelo incidente de dois anos antes. Em Abril participa nas Jornadas da América Latina e Espanha, em Estrasburgo. Desloca-se pela primeira vez à RDA para participar no Festival Político de Liedes (Berlim) em Fevereiro deste ano. 

Neste ano foi visitado na sua casa em Paris por um jovem que quis ouvir a sua opinião sobre uma canção que tinha feito. Luis Cília referiu então que era muito boa a canção. Esse Jovem é o cantor Amancio Prada e a canção "La guitarra". Amancio não esquece que foi graças ao Luís que enveredou pela carreira de cantor.

Actua em 1972, no primeiro comício do PS em França ao lado de José Mário Branco, não sem antes colocar certas condições tendo em conta que era militante de um outro partido. 


1973 é quando o “Avante”, canção de Luís Cília, é adoptada como hino oficial do PCP.

Actua neste ano no X Festival Mundial da Juventude- Liedes na ex-RDA vestindo uma camisola com o rosto de Amílcar Cabral.



Edita “Contra a Ideia da Violência a Violência da Ideia” em clara homenagem a Amílcar Cabral, então assassinado. Reedita o seu primeiro disco mas agora acompanhado por contrabaixo, com o novo título de “ Meu País”.


O 25 de Abril de 1974 apanha-o desprevenido quando ouve o rádio de manhã a 500 km de Paris (Cholet - Maine et Loire), onde dava recitais para portugueses. Céptico, já que em outras partes do mundo os golpes militares se traduziam em ditaduras militares, só se convenceu  do sentido do golpe quando os presos políticos são libertados. A 30 de Abril, regressa a Portugal, no mesmo avião em que também regressam Álvaro Cunhal e José Mário Branco. Luís Cília ainda irá assegurar por algum tempo compromissos profissionais em França, não se estabelecendo completamente em Portugal, uma vez que a sua situação militar não estava ainda resolvida.

Ficou famosa a entrevista que Luís Cília deu, logo no dia 25 de Abril de 1974 a Mário Contumélias, em que afirmava que o fadista Alfredo Marceneiro era um cantor revolucionário.

Actua no 1º Encontro Livre da Canção Popular que se realiza no Palácio de Cristal, no Porto, em Maio.


Lança o LP “O Guerrilheiro”, disco colectânea da música portuguesa desde o século XIII até ao séc. XIX, interpretada com instrumentos da época. A música da faixa guerrilheiro é posteriormente utilizada para hino da CGTP-IN. Aproveitando umas horas de estúdio grava o single “O povo unido jamais será vencido” com o grupo chileno criador deste tema, os Quilapayun.


No primeiro de Dezembro de 1974 actua no Olympia de Paris (França), não sem antes ter estado presente na Festa do Jornal Comunista Francês "L´Humanite", em Agosto.


Edita em 1975, o LP “Resposta”, com dificuldade de distribuição em Portugal, pois é posto à venda já depois do 25 de Novembro.


Em Setembro de 1976, actua no Festival "La trobada dels pobles "no Nou Estadi del Levante, Valência. Neste festival actuaram outros cantores entre os quais Luís Pastor. Edita o LP “Memória” em Portugal. Mais tarde será reeditado em Espanha, França, Itália, Alemanha Democrática e Bulgária.

Regressa a Paris em 1977 para espectáculos no Olympia a convite dos irmãos Parra (Maio). Actua na Galícia (onde também actua a venezuelana Soledad Bravo), e em Março faz recitais em Lisboa no Teatro da Comuna, onde apresenta o seu último disco "Memória". 



Em Janeiro de 1978, actua na Festa do Jornal "O diário" e em Março no Teatro Vasco Santana, Lisboa, onde apresenta o seu trabalho "transparências". No final do ano apoia a edição de um disco de Manuel Freire "devolta", onde o cantor canta unicamente poemas musicados por Luís Cília. Faz igualmente algumas composições musicais para o disco de Mário Viegas "Pretextos de Dizer". Compõe música para teatro "ai estes malditos domingos" (TEAR- encenação de João Guedes)

Participa em 1979, na Festa da Cultura e da Paz (Algarve) e na Festa do Avante. Em Fevereiro deste ano actua no Porto, e também em Espanha em Maio num espectáculo com Paco Ibanez e Carlos Paredes. De seguida actua em França.


Em Janeiro de 1980, dá vários recitais em Angola, sua terra natal. Lança o Lp "O Peso da Sombra", dedicado à poesia de Eugénio de Andrade, e apresenta-o em Abril numa série de recitais no Teatro Vasco Santana, Lisboa. Em Maio apresenta o mesmo trabalho em Viana do Castelo e no Porto. Actua também na Checoslováquia em Setembro. Faz música para teatro "A menina Julia"


No ano de 1981, desliga-se do PCP. Em Dezembro editada o disco "Marginal".


Em Janeiro de 1982, actua na Festa do Jornal "O Diário". Entre 7 e 18 de Abril faz uma série de recitais no Teatro Aberto, Lisboa. Actua também no Porto entre os dias 3 a 5 de Junho, na Cooperativa do Povo Portuense. Actua também em Coimbra, Guimarães e Miranda do Corvo. Em Dezembro é editado "Cancioneiro".


Em Dezembro de 1983, lança o disco "Contradições".

Em 1984, actua novamente em Espanha em diversos recitais e em Portugal. É responsável pela publicação de um livro sobre o seu amigo Léo Ferré.


Actua no início do ano de 1985 no Porto, no Auditório Nacional Carlos Alberto, a 6 de Fevereiro e em Espinho. No final do ano edita "Sinais de Sena" disco unicamente com a poesia de Jorge de Sena. Ganha o prémio para a melhor banda sonora atribuído pelo Instituto Português do Cinema com o seu trabalho em "O jogo de Mão" de Monique Rutler.


No ano de 1987, compõe música para teatro e bailado e edita o disco "Penumbra", dedicado à poesia de David Mourão-Ferreira.



Em 1988, edita o seu primeiro disco só de peças para bailados “A Regra do Fogo”.

Em 1989 produz e faz os arranjos musicais do disco de Né Ladeiras "Corsária".


Dedica-se à composição para bailados. Edita o seu segundo disco (primeiro CD) só de peças para bailados: “Bailados”.

Em 23 de Abril 1993, actua em homenagem a Raimon no Palau Sant Jordi em Barcelona. 

Em 9 de junho de 1994 recebe a ordem portuguesa da Liberdade no grau de oficial. Nesse mesmo acto foram igualmente atribuídas a mesma ordem e no mesmo grau a Fanhais, Vitorino, Sérgio Godinho e Fausto. O presidente da república era então Mário Soares.

2004 - Desloca-se à Escola EB 23 de Colos, onde é homenageado. Nesta singela homenagem participam Manuel Freire e o Grupo Coral dos Mineiros de Aljustrel. Para agrado de todos, acompanhou à viola a interpretação de Manuel Freire a sua obra “Dia Não”.

Desloca-se a Grândola, em 21 de Outubro de 2007, para participar na criação do Observatório Mundial da Canção de Protesto, iniciativa da Câmara Municipal de Grândola. Por intermediação sua Paco Ibanez actua no espectáculo de lançamento desta iniciativa. No início da sua actuação Paco evoca a amizade que une a Luís. 

Entre 2009 e 2010, colabora musicalmente com o criativo Nuno Maya e Carole Purnelle nas suas apresentações multimédia que realizaram em Toruń (Agosto 2009), Polónia (no âmbito do Skyway09) e em Lisboa (Abril 2010, denominada "Projectar Abril") no âmbito das comemorações do 25 de Abril.

Em 2010, colabora musicalmente para a banda sonora do filme "José e Pilar".

Inicia em 2011 em colaboração com Mário de Carvalho, a construção de uma ópera (ainda em elaboração).

No ano 2012, compõe a música do filme "Quarta Divisão", de Joaquim Leitão, filme que se estreará em 2013.

Já no ano seguinte 2013, recebe um prémio de Homenagem da Sociedade Portuguesa de Autores.

Recria a banda sonora da série de TV "Até amanhã, camaradas", mas agora em formato de filme de longa-metragem.

Compõe a banda sonora para um novo filme de António Pedro Vasconcelos.


Em 2014, Luís Cília fez gravações para a colecção "Authentic Series" da editora Sonoton alemã, num disco dedicado a Portugal, tendo  como inspiração a nossa música popular. 



A sua música para o filme de Joaquim Leitão, "Até amanhã, camaradas" é nomeada para o prémio de melhor música de filme (Prémios Sophia).

Vamos ficar na voz de Luís Cília com “Má Reputação”, canção que retrata a vida de quem vive fora do rebanho, e mesmo que não faça mal nem bem nesta vida de Zé-Ninguém, chamam-lhe sempre mal comportado.



- Bom domingo!

21 outubro 2014

OS SANITÁRIOS DA PRAÇA DO MERCADO



OS SANITÁRIOS 
DA PRAÇA DO MERCADO


Hoje vou falar de um recanto da cidade, que pertence ao capítulo “Penafiel Desaparecido”.

Ao meio da Avenida Sacadura Cabral, havia sob a paragem de camionagem da Praça do Mercado, umas instalações sanitárias. 

Quem descia a escadaria em pedra da Av. Sacadura Cabral para a Praça do mercado, encontrava do lado direito os sanitários destinado aos homens, e do lado esquerdo para as senhoras.


Estas instalações sanitárias, abriram ao público no sábado de 28 de Maio de 1952, melhoramento de certo vulto e de há muito desejado pelos penafidelenses.

Excelentemente construídas, sempre apresentaram um bom aspecto higiénico quer no seu interior, quer no exterior.

Esta construção, importou em cento e setenta contos, comparticipados pela Câmara Municipal e pelo Estado.

Por motivo desta importante obra, foram também introduzidas na Praça do Mercado alguns benefícios, tendo desaparecido a inestética construção que servia de escritório do guarda, agora substituída por uma outra para o fim adaptado.


Graças a isto, a Praça tornou-se mais ampla e com melhor aparência.



Quando entrei para a Escola Primária Conde de Ferreira, em 1957, apenas existiam duas sanitas, onde se faziam as necessidades estilo caçador, ou seja aninhados, e só mais tarde, é que foram construídas as casas de banho actuais.

Turma da 1.ª classe de 1957

Devido ao número de crianças que frequentavam aquele estabelecimento de ensino, muitos de nós recorríamos no tempo de recreio, aos sanitários da Praça do Mercado, que ficavam ali mesmo ao lado.

O funcionário que zelava pelo sanitário dos homens, era o sr. Timóteo, que devido ao seu magro ordenado para sustentar a família, montou a um canto das instalações, uma banca de sapateiro. Aí não só concertava o calçado dos seus, como o dos fregueses para angariar mais alguns escudos.


Na hora em que a rapaziada da escola invadia estes sanitários, o sr. Timóteo com o seu afiador de facas na mão, brindava aqueles que mijavam fora do urinol, com uma reguada no cú.

Depois era o correr para a escola para ir ainda a tempo de brincar ao bate-fica, ao pião, à pincha, à bola servindo por vezes as árvores e uma pedra de baliza, o saltar ao eixo, e já mais tarde apareceu o espeto.


Hoje, não só não existe a Praça do Mercado, os sanitários, como a escola do Conde de Ferreira, deixou de ter utilidade para as funções que foi construída.

Por casualidade, ou talvez não, quando uns determinados partidos da nossa praça política, tomam conta do poder local, os penafidelenses já sabem que vão perder algum património municipal, descaracterizando cada vez mais a velhinha cidade com 244 anos feito, e que quanto mais não fosse pela sua idade, merecia muito mais respeito.

Mas como dizia Camões: “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”, só que infelizmente, nem sempre para melhor.