27 novembro 2016

TINA TURNER

TINA TURNER



Anna Mae Bullock, conhecida artisticamente como Tina Turner, nasceu em Nutbush, Tennessee, nos Estados Unidos, a 26 de Novembro de 1939.

Tina Turner entra no mundo da música integrando a banda musical Ike & Tina Turner.

Depois de vários êxitos como: «River Deep - Mountain High» (1966), «Proud Mary» (1971) y «Nutbush City Limits» (1973), sendo considerada como a Rainha do Rock.

Em 1973 termina a banda Ike & Tina Turner, ao mesmo tempo que se divorcia de Ike Turner devido a casos de violência doméstica.

É então que dá início a uma carreira a solo, com a seguinte discografia:

1974 - Tina Turns the Country On! 




1975 - Acid Queen

 
1978 - Rough




1979 - Love Explosion



1984 – Private Dancer



1986 – Break Every Rule 


 
1988 - Tina Live in Europe (ao Vivo)



1989 – Foreign Affair 


 
1991 - Simply the Best (colectânea)



1996 - Wildest Dreams 



1999 - Twenty Four Seven 

 


1999 - VH1 Divas (ao vivo)



2004 - All the Best (colectânea)




2008 - Tina! Her Greatest Hits (colectânea)
 



2009 – Tina Live (ao vivo)


Simply the best é a canção que vamos ouvir na voz de Tina Turner .





- Bom domingo!

26 novembro 2016

O FARRAPEIRO DE S. VICENTE DE PAULO

O FARRAPEIRO
DE S. VICENTE DE PAULO


No primeiro domingo de cada mês, no final da missa, encontro pessoas a apelarem à nossa generosidade para uma contribuição destinada à Conferência de S. Vicente de Paulo de Penafiel.

Esta instituição sem fins lucrativos, e que presta apoio aos pobres do nosso concelho, administra um bairro com 26 casas onde acolhe pessoas mais necessitadas.



A Conferência de S. Vicente de Paulo de Penafiel, foi fundada em 7 de Setembro de 1880, e foi agregada ao Concelho Geral Internacional da Sociedade de S. Vicente de Paulo em 17 de Dezembro de 1883.

Quarta-feira, 15 de Setembro de 1880, à noite foi promovida uma reunião em casa do Sr. João António Pinto, na Rua Formosa (hoje Av. Sacadura Cabral), para inauguração da instituição de beneficência chamada Conferência de S. Vicente de Paulo, com a presença mais ou menos de 30 pessoas.



Depois de uma breve alocução do Sr. Padre Senna de Freitas, sobre a origem, natureza, e fins da nobre instituição de beneficência, que tem por título Conferência de S. Vicente de Paulo, procedeu-se à eleição do Presidente, e foi eleito Presidente de Honra o Sr. Barão do Calvário e efectivo o Sr. D. Miguel Vaz, Secretário o Sr. Administrador Dr. Acácio de Magalhães e Tesoureiro o Sr. José Maria Pinto Monteiro, inscrevendo-se os restantes presentes como sócios.

Logo que se aproximou a quadra natalícia do ano de 1880, o seu Presidente D. Miguel Vaz Guedes d'Atahide, apelou à caridade dos penafidelenses, anunciando-lhes, que se encontrava aberta em casa dos senhores José Maria Pinto Monteiro, da rua da Ajuda, e José da Rocha Barboza, da Rua Formosa, uma subscrição de qualquer esmolas, quer em dinheiro, quer em géneros, quer em roupas, mesmo usadas, para socorrer as famílias miseráveis.

Na década de cinquenta, do século passado, por altura do Natal, as conferências vicentinas desta cidade de Penafiel, em colaboração com a Comissão Municipal de Assistência promoviam o cortejo do Farrapeiro de S. Vicente de Paulo. 

 

Mais ou menos a meio do mês de Dezembro, como no ano de 1954, que se realizou no dia 17 desse mês, pelas nove horas e meia, apareceu no alto da cidade um carro com instalação sonora, logo seguido de uma camioneta rodeada de vicentinos com suas braçadeiras.

Como por encanto abriam-se as portas das casas donde saíam cavalheiros, senhoras ou criadas a lançar nas mãos dos vicentinos roupas, calçado, géneros, dinheiro, enfim tudo o que pode confortar os pobres nesta quadra natalícia.

Era assim´, em tempos que já lá vão, verdadeiramente, o dia do pobre em Penafiel.

Evidente que o Farrapeiro percorria as ruas da cidade, e este só era possível graças à colaboração da Câmara Municipal de Penafiel e à firma Albano & Miguel que cediam o carro e o camião respectivamente, ao Sr. Fernando Baptista que fornecia gratuitamente o material sonoro e pessoal competente, e para que esta iniciativa de bem fazer fosse um êxito correspondiam os penafidelenses com as suas dádivas.



Ontem como hoje, a Conferência de S. Vicente de Paulo, dá a mão aos mais necessitados, e como diz a sabedoria popular, quem dá aos pobres, empresta a Deus.

20 novembro 2016

LEONARD COHEN

LEONARD COHEN



Embora tenha falecido no dia 7 de Novembro, só na véspera do dia de S. Martinho, é que a notícia que morreu Leonard Cohen, correu mundo através das redes sociais, jornais, rádios e televisões.

Leonard Norman Cohen, cantor, compositor, poeta e escritor, nasceu no Quebeque, na cidade de Westmount, arredores de Montréal, a 21 de setembro de 1934. e faleceu com 82 anos, no dia 7 de Novembro de 2016, em Los Angeles, Califórnia, nos Estados Unidos da América.

A música entrou cedo na sua vida, na adolescência, com os Buckskin Boys, um grupo folk de que não reza a história: o contacto com a poesia de Federico Garcia Lorca, de quem muitos anos mais tarde musicaria “Take This Waltz” (1988), conduziu-o à escrita - de poemas e romances. 

Publica três livros, quando nos anos 1960 se instalou numa ilha grega, Hidra: "The Favourite Game" (1963), "Flowers for Hitler" (1964), que reunia poemas seus, e "Beautiful Losers" (1966). Mas regressará à América e à música.

De visita a Nova Iorque, contacta de novo com a música folk e conhece a cantora Judy Collins. 

É certo que as questões financeiras ditadas pelo desfalque de que foi alvo por parte da sua inventiva manager, que terá inventado um novo destino para cinco milhões de dólares e foi condenada a 18 meses de prisão por isso, terão contribuído para esta súbita actividade aos 80 anos, com digressões e a feituras dos três últimos álbuns da sua carreira artística. Acabou por falecer (7 de Novembro de 2016), um mês depois de gravar no mês de Outubro do mesmo ano, o seu último álbum You Want It Darker.
Discografia de estúdio:
1967 - Songs of Leonard Cohen

Publica então "Songs of Leonard Cohen", que abre com "Suzanne", canção maior de amor, como tantas na sua pena, de um álbum fulgurante - nas suas palavras e guitarras e coros - e onde também se ouve "So Long, Marianne".

Marianne e Leonard Cohen na Grécia
Em Agosto de 2016, quando soube que havia morrido Marianne Ihlen (sua musa e amante dos anos 1960 na ilha de Hydra, que seria focada na canção eterna So long, Marianne), escreveu-lhe uma carta de despedida em que não escamoteava a proximidade da morte.
"Sabes, chegou este tempo em que estamos realmente tão velhos e os nossos corpos caindo aos poucos que acho que vou seguir-te em breve. Sei que estou tão perto de ti que, se esticares a tua mão, acho que consegues tocar na minha."


1969 – Song from a Room

Songs From a Room”, é um trabalho intimista que nos absorve, letras intensas acompanhados de melodias suaves numa combinação perfeita.


1971 – Songs of Love and Hate

Deste terceiro disco, destaco as canções Avalanche e Joan of Arc, na voz melancólica de Cohen


1974 – New Skin for the Old Ceremony

"New Skin for the Old Ceremony". A "velha cerimónia" é, evidentemente, o acto do amor. Ou do ódio, ou da revolução, ou do canto... Todas as imagens do passado coexistem nesta apologia do amor (físico) realizado – seja em que parâmetros forem. discográfico mais alto da sua carreira). "New Skin" marca um renascimento. O poeta sobreviveu, criou calos, recuperou uma espécie de beleza. Pela primeira vez surge o humor seco e irónico de Cohen em toda a sua glória, no auto-retrato "Field Commander Cohen" e na canção tragicómica "There is a War", uma composição que revela a dualidade (ricos e pobres, homens e mulheres, etc.) que está na base de toda a sua obra.

1977 – Death of a Ladies' Man

Death of a Ladies' Man, foi marcado por divergências entre Cohen e Phil Spector, o produtor do mesmo. Cohen nunca escondeu a sua insatisfação como resultado final do disco.

1979 – Recent Songs

Após o álbum Recent Songs, Leonard Cohen entrou num período de reclusão, no qual se  dedicou à escrita e ao budismo

1984 – Various Positions

Ele retornou com um novo disco em 1984, quando lançou Various Positions, álbum que traz "Hallelujah", música frequentemente regravada por outros artistas, como Jeff Buckley, que a incluiu no seu álbum de estreia, 'Grace' (1994). 

1988 – I'm Your Man

O álbum 'I'm Your Man', de 1988, foi um dos mais aclamados do artista, levando-o a uma extensa turné pela Europa, EUA e Canadá. 'I'm Your Man' se destacou principalmente por apresentar elementos da música pop moderna, como o uso de sintetizadores.
Após o sucesso de I'm Your Man, Cohen passou a lançar seus álbuns de estúdio com longos intervalos de tempo. Muito por causa da sua dedicação ao budismo


1992 – The Future

"The Future", foi um êxito e nessa altura tinha uma noiva, Rebecca de Mornay - e mesmo assim deixou tudo para ir viver num mosteiro.
Cohen pegou pela primeira vez numa guitarra num campo de férias judeu onde arranjara emprego como conselheiro dos estudantes.
 
2001 – Ten New Songs

Ten New Songs é o décimo álbum de estúdio de Leonard Cohen, feito em parceria com a cantora, compositora e produtora Sharon Robinson. 
 
2004 – Dear Heather

"Dear Heather" é um álbum em que você "desce da torre da canção para se ajoelhar no altar da poesia". 

2012 – Old Ideas

O álbum “Old Ideas”, com o selo da editora Sony Music, reúne dez canções novas, com Leonard Cohen a demonstrar o apreço pelos blues e com a voz ainda mais grave e soturna.
Nele canta os temas que sempre o acompanharam: a espiritualidade, o amor e a morte. “É um manual para viver com a derrota”, descreveu Leonard Cohen em Janeiro aos jornalistas em Paris, depois de uma audição conjunta do novo álbum. “Eu sempre gostei de blues e da construção musical, mas sempre senti que não tinha o direito de os cantar”, reconheceu o cantor.
Aos 77 anos, sentiu-se com permissão para se meter nos blues e surgiram as canções novas de “Old Ideas”, como “Show me the place”, “Darkness”, “Amen” e “Banjo”.


2014 – Popular Problems

Popular Problems arranca com um blues em lume brando, sobre o qual a voz áspera de Leonard Cohen vai confessando que lhe está no sangue esta coisa de gostar da lentidão, desta forma desapressada quer seja na natureza das suas canções.
Se não houvesse mais algum álbum, o adeus estava aqui, sem amarguras, como que agradecendo à música o regaço em cada momento de imperfeição. 

 2016 – You Want It Darker

You Want It Darker foi o seu último e magnífico 14.º álbum de originais, que havia sido lançado no passado mês de Outubro de 2016, com Cohen a cantar "I"m ready, my Lord", em jeito de despedida, com a voz grave pausada repousando no balanço rítmico harmonioso de um música híbrida, algures entre o jazz, a folk e a espiritualidade do gospel

Leonard Cohen, foi um verdadeiro artista, uma referência não só na musica, mas em tudo o que pões o dedo, um filósofo, um religioso… sem duvida um senhor do nosso tempo. 
 
As canções de Leonard Cohen, vão perdurar nas nossas vidas, e por muitas gerações.
Em sua homenagem vamos ouvir na sua voz arrastada e melancólica “Dance Me To The End Of Love”, um verdadeiro hino ao amor.






Para ficarem a saber um pouco mais da vida deste senhor, ouçam o discurso de Leonard Cohen por ocasião do recebimento do Prémio Príncipe de Astúrias de las Letras de 2011, com legendas  em espanhol. 


 
- Bom domingo!

16 novembro 2016

JARDIM ESCOLA JOÃO DE DEUS DE PENAFIEL

JARDIM ESCOLA
JOÃO DE DEUS DE PENAFIEL



João de Deus de Nogueira Ramos, mais conhecido por João de Deus, nasceu no dia 8 de Março de 1830 e faleceu no lugar da Lapa, em Lisboa, no dia 11 de Janeiro de 1896, com 65 anos.


João de Deus, foi um eminente poeta lírico e pedagogo, considerado à época o primeiro do seu tempo, e o proponente de um método de ensino da leitura, assente numa Cartilha Maternal. 

 


Nos primeiros anos que viveu em Lisboa, João de Deus, estabeleceu-se no Café Martinho. Quem ali entrasse a qualquer hora, tinha a certeza de encontrá-lo, discutindo ou cavaqueando placidamente.

Na própria noite do seu casamento esteve, como de costume, na sua palestra do café.

Um dia porém desapareceu para sempre daquelas mesas, recolhendo-se definitivamente no seu modesto quinto andar e vivendo unicamente para a esposa e filhos.

Foi nesse isolamento cheio de encanto que o ilustre poeta meditou e compôs a Cartilha Maternal.

Parte de um texto de Joaquim de Araújo



A Cartilha Maternal foi publicada em Portugal em 1876; em 1888 as Cortes portuguesas (parlamento) escolheram-na como método oficial de aprendizagem da leitura. A partir de 1911, a Primeira República alargou a rede de instrução pública, espalhando Escolas Primárias por quase todos os centros urbanos, promovendo a difusão da Cartilha Maternal.



Antes e depois das Escolas Primárias públicas, João de Deus, os seus amigos e descendentes estabeleceram em 1882 uma rede de escolas autónomas, originalmente designada “Associação das Escolas Móveis pelo Método de João de Deus”. Essas escolas evoluíram para Jardins Escolas e escolas fixas.

A mais antiga escola infantil de Portugal começou a funcionar há 100 anos, em Coimbra, como resposta da Associação de Escolas Móveis pelo Método João de Deus a “tanta desorientação em assuntos educativos” no final da monarquia.
Implantado num terreno doado pela Câmara Municipal, junto ao Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, o primeiro Jardim-Escola João de Deus custou 4500$000 réis.
O projecto foi concebido segundo as orientações pedagógicas de João de Deus Ramos, filho do poeta João de Deus e autor da “Cartilha Maternal”, pelo arquitecto Raul Lino, que o ofereceu aos promotores.



No dia 8 de Março de 1991, foi inaugurado oficialmente o Jardim Escola João de Deus, em Penafiel, com a presença do então Ministro da Educação Roberto Carneiro, ou seja, comemorou este ano um quarto de século de existência nesta cidade este estabelecimento de ensino. 

Justino do Fundo com Roberto Carneiro
 
O imóvel onde o mesmo funciona, na Avenida José Júlio em Penafiel, foi projectado e delineado pelo grande arquitecto Matosinhense, Álvaro Joaquim de Melo Siza Vieira, internacionalmente conhecido por Siza Vieira, e o mais premiado arquitecto contemporâneo português.


No dia da inauguração, foram lembrados os Homens que em tempo oportuno lançaram os pilares daquela construção, de entre os quais é digno destacar o Professor Doutor José Augusto Seabra, ao tempo Ministro da Educação e o Dr. José Vieira Mesquita na altura Director-Adjunto do Ministro da Educação, com o auxílio prestimoso e eficaz da Associação de Jardins Escolas João de Deus, dignamente representado pela sua Presidente D. Maria da Luz Deus Ramos.


Os oradores versaram temas sobre a criação destes polos tão importantes do ensino básico, tão necessário e indispensável na formação de Homens e Mulheres de sólida formação.


JOSÉ AUGUSTO SEABRA

Todo o executivo camarário chefiado pelo seu Presidente Justino do Fundo esteve presente, o Professor Doutor José Augusto Seabra (embora tenha chegado atrasado por motivos imprevistos, lá cumpriu a promessa de estar presente na sua inauguração), bem como entidades da vida social da cidade representadas em grande número.


Vinte e cinco anos depois, o Jardim Escola João de Deus em Penafiel, é um estabelecimento de ensino de referência nesta cidade, graças ao esforço e dedicação de todos que dele fazem ou fizeram parte.




13 novembro 2016

OS PEREGRINOS CANEQUEIROS

OS PEREGRINOS CANEQUEIROS

Foto de Sérgio Dias

Já vagueiam pela cidade os “peregrinos canequeiros” rumo à “Meca” de S. Martinho, situada em Puços – Penafiel.

De caneca na mão lá vão passando de pipa em pipa para lhe tirar a prova, dando voltas e mais voltas como se de uma promessa se trata-se à catedral do vinho novo.

Foto de Sérgio Dias

Nesta dança as canecas vão passando de mão em mão, por vezes acompanhadas ao som de uma castanha a estalar na quentura do fogareiro, de uma fartura à moda de Lisboa, de um pão com chouriço ou de outro apeguilho qualquer, ou como me dizia um amigo que já partiu, nada melhor que uma conversa para se beber uns copos.

Foto de Sérgio Dias

O S. Martinho, padroeiro de Penafiel, que se encontra na igreja Matriz, por vezes não é visitado, pois os GPSs daqueles que nos visitam estão virados para outro ponto de encontro da cidade.



Para animar os bailes improvisados que se realizam em qualquer recanto da cidade, neste domingo de S. Martinho, não encontrei música mais adequada do que esta interpretada pela Tonicha....






- Bom domingo!