28 fevereiro 2016

DAZKARIEH



DAZKARIEH


Dazkarieh foi uma banda de música neofolk portuguesa, formada em Lisboa em 1999, e iniciam a sua carreira, partindo da ideia de criar música tendo como inspiração várias culturas do mundo.

Cedo cresceram, tornando-se num dos mais activos e originais projectos da música portuguesa, ao aliarem instrumentos de várias proveniências (Gaita de Foles Galega, Acordeão, Flauta Transversal, Tin Whistles Irlandeses, Percussão Africana, Percussão Árabe, Baixo e Guitarra) e vocalizações numa língua imaginária, criada pelo próprio grupo, com o objectivo de tratarem a voz como um instrumento autónomo e equiparável aos outros.

Com uma grande formação entre os 7 e os 10 elementos trabalharam durante 5 anos, conseguindo um estatuto de banda de culto, esgotando salas e fazendo lançamentos de cd’s em lugares de alguma forma míticos (Convento do Carmo e Mosteiro dos Jerónimos).

A última formação dos Dazkarieh era é constituída pelos músicos:



Joana Negrão - Voz, Gaita-de-Foles, adufe e pandeireta

Rui Rodrigues - Guitarra, percussões e cavaquinho

João Campos - Bateria

Vasco Ribeiro Casais - Gaita-de-Foles, Braguesa, Bouzouki, Nyckelharpa e percussões


Discografia:


2002 - DAZKARIEH I

O primeiro álbum discográfico foi editado pelo próprio grupo e cedo esgotou a edição de 2000 exemplares, mantendo-se esgotada até à reedição em 2007 pela HeptaTrad.

Sucederam-se os concertos um pouco por todo o país e a captação de novos públicos o que lhes permitiu sempre boas referências na comunicação social.



2004 - DAZKARIEH II - Espanta Espíritos

Acrescente-se que neste 2º Álbum, o grupo arrisca pela primeira vez as canções em Português, convidando para isso o escritor Tiago Torres da Silva autor da maioria dos poemas em Português.

2004 marca também o fim da 2ª formação dos Dazkarieh e do seu número alargado de músicos. No ano seguinte o grupo reduz-se a 4 elementos, mais uma vez a busca de outros sons leva a um realinhamento. Agora mais centrado na música europeia e numa tentativa de recriação original de temas tradicionais Portugueses. Assiste-se, com esta formação, a uma experimentação sem limites que acabou por conduzir ao som inconfundível do grupo.


2006  - Incógnita Alquimia

O grupo reduz-se a 4 elementos, mais uma vez a busca de outros sons leva a um realinhamento. Agora mais centrado na música europeia e numa tentativa de recriação original de temas tradicionais Portugueses. Assiste-se, com esta formação, a uma experimentação sem limites que acabou por conduzir ao som inconfundível do grupo.

Quando a vocalista Joana Negrão chegou ao grupo e ainda integravam a banda o excelente percussionista Baltazar Molina e o músico Luís Peixoto. Neste período, gravaram o óptimo CD “Incógnita Alquimia”, repleto de referências celtas, portuguesas e árabes, cortesia, principalmente, do referido percussionista que ilumina o trabalho inteiro. Isso, sem falar nas belas melodias.

Este 3º Álbum de originais é o começo da internacionalização do grupo com concertos em Espanha e Canadá (no Festival de Verão do Québec, um dos maiores da América do Norte).



2009 - Hemisférios

Um disco duplo, quando o grupo passou a caminhar em direcção ao rock, o que tornou a sonoridade do Dazkarieh mais convencional, apesar de ter adquirido maior densidade.



2011 - Ruído do Silêncio

O ruído do silêncio ou como soa o passado no presente. Como se transporta para a modernidade do presente todo um passado tradicional? Os Dazkarieh têm uma ideia e fazem-no com um vigor absolutamente único. E fazem-no dando às tradições portuguesa e do mundo uma sonoridade enérgica, uma intensidade claramente dos nossos tempos. 


2012 - Eterno Retorno

Neste registo, os Dazkarieh são rock alternativo e são folk experimental porque combinam instrumentos mais comuns, instrumentos tradicionais portugueses e instrumentos exclusivos. E porque os electrificam mas também os mostram no seu estado mais puro, fazendo acontecer a sua música original com versões de temas tradicionais portugueses. Quando sobem ao palco provam que tudo isto, o passado e o presente, podem coexistir num mesmo momento.



2014 - Finisterra 
Foi editado em 7 de Novembro, é o último disco da sua carreira. "Finisterra" teve uma edição limitada e numerada de 300 exemplares em que 220 já tinham sido vendidos antes da sua edição e os restantes 80 podiam ser adquiridos nos concertos da banda.




Pena foi que os Dazkarieh tenham acabado, pois a banda produzia uma das músicas mais inventivas de Portugal, misturando elementos de música celta, árabe, erudita e rock, com a música tradicional portuguesa.

Para os recordar, aqui fica "A do mui bom parecer ", onde os instrumentos nos remetem para um imaginário fantástico com a genial voz de Joana Negrão.




- Bom domingo!

24 fevereiro 2016

1978 - CONCURSO DO VESTIDO DE CHITA



1978 - CONCURSO DO VESTIDO
 DE 



Desta vez no Cine-Teatro S. Martinho em Penafiel, graciosamente cedido pelo Sr. Alberto Pinto, realizou-se na segunda-feira, dia 22 de Maio de 1978, mais um Concurso do Vestido de Chita, organizado pela Associação Artística de Socorros Mútuos Penafidelense.

O número de concorrentes foi de quinze, menos sete que em 1972,tendo os comerciantes contribuído mais uma vez generosamente com algumas lembranças.

Registou-se uma enchente de público que quase encheu por completo o Cine-Teatro S. Martinho, notando-se apenas algumas brechas no balcão.



A apresentação e locução do programa, esteve a cargo de Maria de Fátima locutora da Rádio Televisão Portuguesa que muito gentilmente acedeu ao pedido, na companhia de Hélio Peixoto.


BANDA ECLIPSE

Guitarra Solo - Hernani Manuel Castro Vieira

Vocalista - Nuno Tomás Ferreira

Bateria - António Ferreira Pedroso

Teclas - António Adriano Rocha Ferreira

Viola Baixo - Fernando Américo Rocha "Pina"


O programa iniciou-se com duas composições interpretadas pelo conjunto Eclipse, seguindo-se o Conjunto Típico Tunivoz.

O terceiro número, antes da apresentação do tão esperado primeiro desfile das concorrentes, foi preenchido com dois fados, muito ao gosto popular, interpretados por Fernando Rocha, acompanhado por Jerónimo Azevedo, à guitarra e por José Emílio, à viola.

De seguida o público ia ver pela primeira vez os vestidos confeccionados ao gosto e corte da época. Maria de Fátima, iniciou a apresentação através de uma ordenação saída de um sorteio realizado antes do início do espectáculo e na presença de todas as concorrentes.

As "claques" de apoio fizeram-se sentir ruidosamente, e desfiladas as quinze concorrentes, deu-se o pontapé de saída para a escolha dos melhores.

Essa espinhosa tarefa coube a um júri que gentilmente acedeu deslocar-se a Penafiel propositadamente do Porto. Era constituído por três distintos apreciadores da arte de boa costura, Dona Maria Alexandrina jornalista, escritora entendida em alta costura e correspondente da revista francesa Bailmain, de Paris;Dona Maria da Graça Loubet, secretária e igualmente entendida em alta costura e finalmente o senhor Emílio Loubet, redactor do Jornal de Notícias, que lançou em Portugal este maravilhoso e colorido concurso dos vestidos de Chita.


Conjunto José Alves

Viola - Casimiro Mendes

Órgão - Nani

Baixo - Fernando Vale

Bateria - Nuno Guerra Pinto

Viola - José Emílio


Seguidamente o popular cançonetista penafidelense José João interpretou duas canções do seu reportório, acompanhado pelo conjunto José Alves, que foi o obreiro da música de fundo do desfile.

Depois de um pequeno intervalo, foi a vez de actuar um grupo típico infantil o Minivoz que foi brilhantemente aplaudido pela assistência. Mais dois fados, os últimos da noite novamente interpretados por Fernando Rocha, acompanhado por Jerónimo Azevedo, à guitarra e por José Emílio, à viola.

Conjunto Típico Tunivoz
Em pé: Ildebrando Almeida - Conceição Mendes - Nelo - "Kikas" - Brito - João Costa - José Fernandes  Em baixo - José Manuel Pinto - António Alves e João Campos


Nova actuação do Conjunto Típico Tunivoz, e no final desta, seguiu-se o último desfile das concorrentes.

Terminado o desfile, Maria de Fátima comunicou à assistência a concorrente escolhida pelas participantes a quem se entregaria o Troféu Simpatia.

Essa escolha recaiu na concorrente n.º 4 Maria Augusta Ferreira da Silva.

Foi então anunciada aos microfones a classificação:

1.ª - Adélia Ferreira Barbosa
2.ª - Marisa Correia Cardoso Pinto
3.º - Maria Angelina Pinto
4.ª - Maria de Fátima de Sousa Ferreira
5.ª - Maria da Conceição Moreira Gonçalves
6.ª - Maria José da Silva Pires
7.ª - Maria Augusta Ferreira da Silva.

O Júri resolveu classificar em 8.º lugar ex-eaquo as restantes concorrentes:

Maria do Céu Mendes Fernandes Pinto Ferreira
Ana Paula Sousa Pinto
Maria Manuela Quintas da Silva
Fernanda Maria Ribeiro Soares
Maria Deolinda Freitas de Macedo
Maria Lucinda Sousa Bessa
Maria do Carmo Sousa Bessa
Isabel Maria Barbosa de Moura

 
Cantor José João

Depois José João fechou a festa, já que no final todas as concorrentes em palco, confraternizaram, abraçando-se e dando largas à sua alegria, com o público aplaudindo de pé.