25 junho 2017

TETA LANDO

TETA LANDO
A SOLO




O músico angolano Alberto Teta Lando nasceu em Mbanza Congo, a capital da província do Zaire, no norte de Angola, no dia 2 de junho de 1948, e morreu no dia 14 de Julho de 2008.
 
Teta Lando foi um dos membros fundadores dos Merengues grupo antes de entrar para o Show África. Sua música focada na identidade angolana, a guerra civil do país, as saudades (nostalgia, melancolia e saudade) de exilados angolanos, assim como o amor ao próximo e para com a família.

 
Ele falou e cantou tanto em Português e em Kikongo, a sua língua materna.
 

Em Paris, Teta Lando tornou-se um dos grandes defensores e promotores da música angolana e voltou definitivamente ao país em 1989, depois de participar do Festival Nacional da Cultura (Fenalcut) no Estádio Nacional da Cidadela, em Luanda.
 

Assumiu durante dois anos a presidência da União Nacional dos Artistas e Compositores (UNAC), e tornou mais dignos e valiosos os artistas nacionais. Como resultado, viu realizado um velho sonho como a atribuição pelo Governo angolano da Pensão de Reforma aos artistas que têm 35 anos de carreira ou mais 60 anos de idade.

Álbuns da sua discografia:

1974 – Tia Chica


1975 – Independência


1981 – Eu vou voltar


1985 – Semba Rytmée



1989 – Reunir


1990 – Menina de Angola


1993 – Esperanças Idosas


1997 - Memórias



Entre as suas canções mais conhecidas temos: "Irmão, amar o seu Irmão" e "Eu Voltarei". É também autor de "Negra Karapinha Dura", "Eu Vou Voltar", "Um Assobio Meu", entre outras canções de referência no musical angolano.

 
Com a guerra civil que se instalou em Angola, muitos angolanos refugiaram-se pelo mundo fora, mas no seu íntimo há um desejo de um dia “Eu vou voltar”. Com esta canção de Teta Lando, recordamos certos lugares e certas vivências, de uma Angola de outros tempos.





- Bom domingo!

22 junho 2017

CÁ COM OS MEUS BOTÕES

CÁ COM OS MEUS BOTÕES


Todos os penafidelenses sabem, pelo menos os da freguesia de Penafiel, que o pavilhão multiusos desta cidade é o Largo da Nossa Senhora da Ajuda.



Ali se desenrolam actividades musicais, religiosas danças e cantarolas de vários estilos.

Quando algo se desenrola, lá vêm os empregados do município de serrote, madeira, pregos e martelo construir um palco, que passados dias é desmanchado, para novamente ser montado passado algum tempo.



Devido à quantidade de vezes que esta operação se realiza durante o ano, e se repete anualmente, parece-me que já se justificava um palco metálico e ajustável no seu tamanho com cobertura.



Mais uma vez, nestas Festas da Cidade os coretos foram substituídos por um destes palcos sem cobertura.

Acontece que as bandas que haviam de actuar por volta das 15h, devido à soalheira que se fazia sentir, resolveram abandonar o palco e tocarem acolhidas numa sombra.



Reparem na foto que uma das bandas preferiu tocar em pé à sombra junto à Farmácia Miranda, que sentada no palco debaixo de sol.



Realmente, que eu saiba, os homens e mulheres que compõem estas bandas, não fizeram mal nenhum para terem tal castigo de tocarem as suas peças musicais a tostarem ao sol.



Mas isso sou eu a falar cá com os meus botões.

21 junho 2017

Romagem de saudade ao Cemitério Municipal

DR. JOAQUIM COTTA


Romagem de saudade ao
Cemitério Municipal

Para ele a medicina não era uma profissão,
mas sim um verdadeiro sacerdócio”

A homenagem ao Dr. Joaquim Cotta, de 19 de Outubro de 1974, terminou com uma romagem ao Cemitério Municipal de Penafiel, onde repousam os seus restos mortais.

Formou-se um extenso cortejo automóvel, à frente do qual seguiam as viaturas da P.S.P., das Corporações dos Bombeiros de Penafiel, Paço de Sousa e Entre-os-Rios, que antes fizeram a guarda de honra ao Sr. Governador Civil, e no cemitério ladearam o túmulo do Dr. Joaquim Cotta.

O movimento de automóveis era tão grande e o cortejo tão extenso que a polícia teve que montar um serviço especial na Praça Municipal e junto ao cemitério, onde os carros tiveram dificuldades em estacionar.

Junto ao mausoléu, juntaram-se inúmeras pessoas, entre as quais se viam os representantes das autoridades civis, militares e religiosas. Ali tomaram a palavra o Dr. Joaquim da Rocha Reis e o Dr. Francisco Brandão Rodrigues dos Santos, respectivamente, Director Clínico e médico do antigo Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Penafiel.


Dr. Joaquim da Rocha Reis, tomou a palavra e disse:

Senhor Presidente da Comissão Administrativa
Autoridades civis e militares
Minhas senhoras e meus senhores

Penafiel, por intermédio da Comissão Administrativa da Câmara de Penafiel salda hoje uma dívida para com a memória do Dr. Joaquim Cotta, muito ilustre penafidelense que muito amou e honrou a sua terra.

É justa e muito merecida esta homenagemue o Dr. Joaquim Cotta, médico distinto e grande homem de bem, sempre devotado à causa dos humildes é credor de toda a nossa gratidão.

Falar nas suas qualidades profissionais, cívicas e morais, será sem dúvida, supérfluo fazê-lo, porque estão sempre presentes na memória de toda a gente, da cidade e do concelho que muito as apreciou.

Não estão nem estarão esquecidas porque o povo é grato e reconhecido a elas foram sempre por demais notadas para não continuarem para sempre a ser lembradas.

Foi médico muito distinto que sem descanso procurou minorar o sofrimento dos outros.

Trabalhou sempre e sem descanso no tempo em que a clínica era difícil e exigia portanto um espírito de verdadeira abnegação e sacrifício.

Ao Hospital que era a menina dos seus olhos, dedicou sempre a sua melhor atenção para que fosse cada vez melhor e mais eficiente.

Sendo o doente a sua razão de ser do Hospital, ele não o esquecia, procurando sempre as melhores condições materiais e morais para atender todos os seus sofrimentos.

Não lhe interessavam as compensações materiais para o exercício da sua profissão. Praticamente para ele a medicina não era uma profissão, mas sim um verdadeiro sacerdócio, como costuma dizer-se.

O que lhe interessava apenas era a satisfação do dever cumprido.

Eu, como actualmente o médico mais antigo do concelho, e que portanto muito convivi com ele e trabalhei posso testemunhar quão verdadeiras são estas afirmações.

Sempre muito apreciei estas suas qualidades. Era realmente um bom, em todo o sentido da palavra.

Na sua convivência profissional foi sempre muito correcto e leal, e nunca houve qualquer atitude que podesse melindrar ou ferir qualquer colega. Com todos colaborou da melhor maneira, e à sua disposição punha sempre com tal lealdade os seus conhecimentos que lhe vinham da sua longa e brilhante prática e experiência. Era admirável no seu comportamento. Um carácter íntegro.

Além da medicina, outras actividades exerceu, mas sempre com todo o aprumo e dignidade.

Por isso granjeou na cidade e no concelho o maior prestígio, pois que a todos atendia da melhor forma, procurando satisfazer-lhe as suas pretensões sem prejudicar os interesses dos outros.

Era um democrata. Trabalhou e também sofreu. E se do seu trabalho não auferiu as compensações materiais que por certo devia, teve sempre a amizade e a consideração de todos e legou à família um nome muito ilustre e honroso de que sempre se pode vangloriar.

Em conclusão. Estas homenagens querem dizer que o Dr. Joaquim Cotta está no espírito e no coração de todos os penafidelenses, e que isto sirva de exemplo para todos nós.

Uma salva de palmas coroou as palavras pronunciadas pelo médico Dr. Joaquim da Rocha Reis.




Dr. Joaquim Cotta
O médico bondoso, sacrificado, pensando sempre nos outros e nunca em si.”

Para terminar esta cerimónia, discursou o Subdelegado de Saúde, Dr. Francisco Brandão Rodrigues dos Santos, debitando as seguintes palavras:

Ex.mo Senhor Governador Civil
Ex.mo Senhor Presidente da Comissão Administrativa
Familiares do Dr. Joaquim Cotta
Minhas Senhoras
Meus Senhores

Solicitado pela Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Penafiel a dar o meu contributo a esta justíssima homenagem em boa hora levada a efeito, não podia recusar sem cair no pecadilho da ingratidão, embora tenha bem presente não ser eu o mais indicado, dadas as minhas limitações, que bem conheço, e a modéstia do meu contributo, que nada poderá acrescentar ao que foi dito pelo Sr. Dr. Rocha Reis.

Aqui estamos para em singela, mas muito sentida e sincera homenagem recordar a figura do médico e do homem que foi o Sr. Dr. Joaquim de Araújo Cotta.

Figura ímpar de penafidelense que deixou em todos quantos o conheceram e mais ainda, naqueles que com ele tiveram a honra de conviver e trabalhar, indelével saudade e profundos sentimentos de gratidão e de exemplo a seguir.

É muito grata aos penafidelenses a figura do Dr. Joaquim Cotta, o homem íntegro, recto, probo, vertical, o médico consciente, dedicado, carinhoso esmoler, o homem antes de quebrar que torcer. O médico bondoso, sacrificado, pensando sempre nos outros e nunca em si.

Desde 10 de Outubro de 1929, Director Clínico do Hospital de Penafiel, onde já trabalhava, ao serviço do hospital se dedicou, procurando melhorar os serviços existentes, criar novos serviços e conseguindo a vinda a Penafiel, sempre que solicitado, do Dr. Manuel Gomes de Almeida, que desde essa altura até vésperas da sua morte, em 14 de Agosto de 72, deu o seu valioso contributo ao Hospital e cuja memória me permito aqui recordar, até porque tenho a certeza, que se fosse possível ao Sr. Dr. Cotta dar uma opinião, ele seria de concordância.

Dentro do Hospital sempre se esforçou para que ao doente nada faltasse, pois que o doente estava sempre à frente e primeiro do que tudo.

Aos novos, que como eu ali chegavam recebia com uma simpatia admirável. Estava sempre pronto para um concelho, para um ensinamento discreto mas precioso, para uma palavra de confiança, quando esta parecia faltar a quem vinha cheio de teorias mas carecido da prática e da experiência.

E não quero deixar de relembrar aqui que dia e noite, sempre que solicitado para uma urgência para um desastre, para o que fosse, nunca deixou de comparecer no Hospital, e vinha a pé, quer chovesse ou fizesse sol, pois não tinha automóvel.

Em Setembro de 1952, quando ainda muito havia a esperar dos seus conhecimentos e da sua experiência, resolveu pedir a demissão de Director Clínico do Hospital, com profundo desgosto dos médicos que lá trabalhavam, e não conseguimos demovê-lo da sua decisão. Firmemente, mas delicadamente, fez-nos sentir que a sua decisão, mesmo sabendo e confirmando que em cada médico do hospital tinha um amigo, era irrevogável.

Ficou-nos sempre a recordação da sua figura ímpar e por nós médicos tem sido muitas vezes lembrado e recordado.

Quando, cinco anos depois faleceu, Penafiel soube manifestar a sua mágoa e o seu sentir de perda sofrida.

Legou-nos uma herança extraordinária. O seu exemplo, quer na educação dos seus filhos, todos eles o espelho das virtudes de seu pai, e a nós outros a obrigação de sermos dignos da amizade com que nos honrou.

Não legou riquezas materiais. Não as poderia ter quem pensou sempre nos outros e nada em si. Mas ensinou-nos como ser rectos, probo, como ter dignidade profissional, como respeitar os outros para ser respeitado, enfim, legou a Penafiel o exemplo de um homem único e de cidadão exemplar.

Pode dizer-se, sem receio de desmentido, que esta homenagem, aqui hoje levada a efeito, é a exortização daquilo que os penafidelenses sempre sentiram.

Curvemo-nos respeitosamente perante a sua saudosa memória e na pessoa de seu filho, o médico e o homem ilustre que é o Dr. Armando Cotta, vejamos bem patentes todas as qualidades que exornaram o carácter de seu pai. E seja-me permitido, lembrar, aqui, dois parentes do Dr. Cotta, que como ele foram sempre homens dignos e que Penafiel nunca mais esquecerá:
o Dr. Álvaro Barbosa e Adriano Barbosa.

Se nós penafidelenses soubermos ser dignos da memória do Dr. Joaquim de Araújo Cotta, essa é, tenho a certeza, a maior homenagem que lhe podemos prestar.

E foram com estas palavras de muita saudade e alto apreço pelas qualidades do nosso ilustre e sempre recordado Dr. Joaquim Cotta, que terminou com uma grande salva de palmas, esta justa homenagem.

18 junho 2017

PETER GABRIEL

PETER GABRIEL

Peter Brian Gabriel, nasceu em Chobham, no dia 13 de fevereiro de 1950. É um músico inglês, e um dos maiores representantes da World Music desde o final dos anos 70. Começou como vocalista, flautista e líder da banda de rock progressivo Genesis (1967 – 1975), e posteriormente, lançou-se numa bem-sucedida carreira solo. 
 
Peter Gabriel fundou o Genesis em 1967 juntamente com seus amigos Tony Banks, Anthony Phillips, Mike Rutherford e Chris Stewart, todos alunos da Charterhouse School, em Godalming, Inglaterra.
O nome da banda foi sugerido por um aluno mais velho do colégio, Jonathan King, que àquela altura já era um reconhecido empresário de música pop. O primeiro álbum do quinteto chamou-se From Genesis to Revelation, de cujo título foi tirado o nome do grupo. 


Apaixonado pela soul music, Gabriel foi influenciado por diferentes artistas, incluindo Nina Simone, Gary Brooker do Procol Harum e Cat Stevens. Ele tocou flauta no álbum de Stevens Mona Bone Jakon, de 1970. No entanto, as maiores influências de Gabriel foram dois de seus contemporâneos: David Bowie e Syd Barrett, este líder do Pink Floyd, que estavam redefinindo a cena musical britânica no final dos anos 60 e início dos anos 70. 
Peter também é um notório activista dos direitos humanos.
2005 – Durante o concerto para Nelson Mandela, em Joanesburgo, Gabriel apresentou-se no Live 8 em julho de 2005, e tocou no palco com Cat Stevens.
2006 – No dia 10 de Fevereiro, Gabriel apresentou "Imagine" de John Lennon na cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2006 em Turim.


Discografia de álbuns a solo:
1977 – Peter Gabriel

1978 – Peter Gabriel

1980 - Peter Gabriel


1980 - Peter Gabriel (1980) Ein Deutsches Album.

1982 – Peter Gabriel


1982 - Peter Gabriel Ein Deutsches Album.


1983 - Plays Live

1985 - Birdy (Soundtrack)


1985 - Plays Live: Highlights

1986 – So

1989 - Passion (Soundtrack)

1990 - Shaking The Tree: Sixteen Golden Greats (Coletânea)


1992 – Us


1994 - Secret World Live

2000 - OVO: The Millennium Show (Soundtrack)


2002 - Long Walk Home: Music From The Rabbit-Proof Fence (Soundtrack)

2002 – Up


2003 - Hit (Coletânea)

2010 - Scratch My Back

2011 - New Blood

2012 - Live Blood

2014 - Back To Front: Live In London

Vamos ouvir Don't Give Up, canção que foi gravada em 1986, no álbum So, e foi grande sucesso à época, desta vez em dueto com Kate Bush.




- Bom domingo!

14 junho 2017

QUANDO A RUA SERPA PINTO PASSOU A RUA DR. JOAQUIM COTTA

QUANDO A RUA SERPA PINTO
PASSOU A
RUA DR. JOAQUIM COTTA


Rua Dr. Joaquim Cotta

Sábado, 19 de Outubro de 1974, terminada a sessão no Salão Nobre da Câmara Municipal de Penafiel (relatada na postagem anterior no blogue Penafiel, terra nossa), a comitiva dirigiu-se para a antiga Rua Serpa Pinto apinhada de gente, e com as varandas do casario ornamentadas com colchas emprestavam um ar festivo ao acontecimento, os convidados dirigiram-se para a esquina do Largo da Ajuda onde estava colocada a primeira placa (embora seja o final da rua) a ser destapada com o nome do Dr. Joaquim Cotta, coberta com a bandeira nacional.


Ali, ante um microfone instalado em plena rua o Dr. Guy Falcão usou da palavra e disse:

Ex,mo Sr. Dr. Ruy Luís Gomes
Autoridades do Concelho
Minhas senhoras, meus senhores

Como todos sabem, a Câmara de Penafiel, mais propriamente a Comissão Administrativa da Câmara de Penafiel resolveu, logo na primeira sessão, praticar um acto de justiça. Um acto de justiça que durante quarenta e oito anos, não fora praticado por todas as razões que conhecemos derivadas da Idade Média que esses quarenta anos representaram.

Esse acto de justiça é uma homenagem simples, simples mas profunda, inclusivamente, inversamente proporcional à respectiva simplicidade, homenagem dizia, a um dos penafidelenses mais ilustre, o Dr. Joaquim Cotta.

Não conheci praticamente o Dr. Joaquim Cotta, conheço contudo a sua vida e sei o que ela representa, e agora mais do que nunca, o exemplo para todos os portugueses, para todos os dignos portugueses.

Pela sua elevada formação moral, pela sua inteligência, pelos seus conhecimentos técnicos, sobretudo pela sua bondade, pelo seu amor à democracia o Dr. Joaquim Cotta é um homem de sempre. Parafraseando a frase que homenageia o Grande Thomas More, posso dizer que o Dr. Joaquim Cotta é um homem para a eternidade.

Houvesse em 1926, tantos portugueses íntegros e democratas como o Dr. Joaquim Cotta e certamente não se teria dado o 28 de Maio e consequentemente não teria havido quarenta e oito anos de negro fascismo.

Portanto se esta homenagem, para além de representar um acto de justiça, representa também um aviso para todos os portugueses que agora ao emergirmos dessa longa noite de trevas, um aviso dizia, para que todos consigamos ou tentemos ser aquilo que toda a vida o Dr. Joaquim Cotta foi.

É portanto uma homenagem póstuma a um ilustre penafidelense, é um acto de justiça, mas é também, ou representa também, um aspecto prático, porque a vida prática é o que no fundo tem interesse para todos nós.

Que nos sirva de recordação e de exemplo este dia, esta homenagem a um português vertical, a um português como todos agora devemos ser. 

 
Depois foi a vez do Prof. Dr. Ruy Luís Gomes, proferir as seguintes palavras:

É com emoção que venho associar-me à homenagem que a Câmara Municipal de Penafiel e o povo deste concelho resolveram prestar ao Dr. Joaquim Cotta.

É uma grande emoção para mim porque sou dedicado amigo e admirador de toda a família de Joaquim Cotta. 

Casa onde viveu Dr. Joaquim Cotta


Mas para além de tudo isso a homenagem a Dr. Joaquim Cotta é uma homenagem a um dos homens que pertenceram àquela geração da Primeira República e que são exemplo para todos nós por tudo aquilo que fizeram, pela obra extraordinária que conseguiram realizar no início da primeira República e pelo exemplo extraordinário que deixaram em cada um de nós, pela intransigência que mantinham na defesa dos princípios republicanos e pela generosidade que tinham sempre nos seus corações e pela isenção como sempre se comportavam.

A geração dos homens da primeira República é de facto dos mais notáveis gerações do nosso país.

Joaquim Cotta pertenceu também a essa geração. Ao recordar Joaquim Cotta, que foi Governador Civil do Porto, eu quero associar ao seu nome o do primeiro Governador Civil da cidade do Porto, que foi essa figura extraordinária, esse homem de uma grandeza moral e extraordinária, e um dos mais notáveis advogados do foro português que foi Paulo Falcão.

Citar Paulo Falcão, Primeiro Governador Civil da cidade do Porto quando se proclamou em Portugal a República, em 1910, e citar Joaquim Cotta, é associar dois homens extraordinários, dois homens que pelo seu exemplo, pela sua seriedade, pela sua isenção, nenhum de nós que pretende ser democrata pode deixar esquecer.

É portanto para mim uma grande honra, usar da palavra neste momento e dizer ao povo de Penafiel que finalmente começamos a prestar justiça a Joaquim Cotta, um dos homens mais notáveis, pela sua seriedade, pela sua isenção que eu já mais conheci. 

 
O Governador Civil do Porto, Dr. Mário Cal Brandão, foi convidado a descerrar a primeira placa (colocada na parede da Farmácia Miranda), com o nome de Dr. Joaquim Cotta, o que fez entre uma grande salva de palmas, seguindo-se um minuto de silêncio. No final do mesmo, o Dr. Mário Cal Brandão deu um Viva à República, que foi secundado pela multidão.


A segunda placa colocada junto à Praça Municipal, foi descerrada pelo Prof. Dr. Ruy Luís Gomes, também fortemente ovacionada. 

Esta singela homenagem que o blogue "Penafiel, terra nossa", presta ao grande democrata Dr. Joaquim Cotta, irá terminar na próxima semana com a romagem ao cemitério com que terminou este dia.

11 junho 2017

JOHN LENNON DEPOIS DOS BEATLES

JOHN LENNON
DEPOIS DOS BEATLES


John Winston Ono Lennon, nascido John Winston Lennon, em Liverpool, a 9 de Outubro de 1940, faleceu em Nova Iorque, a 8 de dezembro de 1980.


John Lennon, músico, guitarrista, cantor, compositor, escritor e ativista britânico, foi um dos fundadores da banda britânica The Beatles, em que, junto com Paul McCartney, fez parte de uma das mais importantes duplas de compositores do século XX.


Em 1966, conheceu a artista plástica japonesa Yoko Ono, com quem iniciou um relacionamento pessoal, sentimental, artístico e profissional.


Durante a década de 1970, John e Yoko envolveram-se em vários eventos políticos, tendo por objetivo a promoção à paz, os direitos das mulheres e trabalhadores e também exigindo o fim da Guerra do Vietname.
 
Sempre foi polémico nas suas declarações entre as quais destaco estas duas de 1966 e 1969 ainda na banda The Beatles:
O cristianismo vai desaparecer e encolher. Eu não preciso discutir isso, eu estou certo e eu vou provar. Nós somos mais populares que Jesus agora.”
Em 1966, junto com seus colegas de banda, Lennon foi agraciado com a medalha da Ordem do Império Britânico. Em 1969, devolveu sua medalha à Rainha, em protesto contra a Guerra do Vietname e contra o envolvimento do Império Britânico no conflito de Biafra.


John Lennon, foi assassinado na noite de 8 de dezembro de 1980, quando voltava para o apartamento onde morava em Nova Iorque, no edifício Dakota, em frente ao Central Park, John foi abordado por um rapaz que durante o dia havia lhe pedido um autógrafo em um LP Double Fantasy em frente ao Dakota. O rapaz era Mark David Chapman, um fã dos Beatles e de John, que acabou disparando 5 tiros com revólver calibre 38, os quais 4 acertaram em John Lennon.
Discografia:
1968 – John Lennon & Yoko Ono (Two Virgins)

1969 - John Lennon & Yoko Ono (Life With The Lions)


1969 - John Lennon & Yoko Ono (Wedding Album)

1969 – The Plastic Ono Band (Live Peace In Toronto)

1970 – John Lennon Plastic Ono Band

1971 – Imagine

1972 - John Lennon with Yoko Ono & The Plastic Ono Band - Sometime in New York City

1973 - Mind Games

1974 - Walls And Bridges

1974 - Elton John & John Lennon - Live At Madison Square Garden

1975 - Rock ‘n’ Roll

1980 - John Lennon & Yoko Ono - Double Fantasy

1984 - John Lennon & Yoko Ono - Milk And Honey

1986 - Live In New York City

1996 - The Complete Lost Lennon Tapes 
 
1998 - Anthology (Box Set)

2004 - Acoustic


2006 - The U.S. Vs John Lennon (Soundtrack)


2010 - Power To The People: The Hits 
 
Para a minha pessoa, a canção que mais gosto da dupla John Lennon & Yoko Ono, é Imagine, e foi a escolhida para trazer a este blogue. Espero que gostem.




- Bom domingo!