28 abril 2018

SPORT CAMPEÃO REGIONAL

O SPORT CLUB DE PENAFIEL
NO CAMPEONATO DE PROMOÇÃO




No tempo do arroz de quinze, em que o futebol era um desporto que se jogava com amor à camisola do clube e o povo vibrava e aplaudia a sua equipa, enchendo os campos da bola, ao contrário dos dias de hoje na nossa terra, o Sport Club de Penafiel sagrava-se campeão regional, no ano de 1931.

Reparem bem que a equipa era formada por rapaziada cá do burgo, fazendo parte: Augusto Silva, Manuel Rodrigues, Gervásio Coelho, Altino Dias, A. Vieira, A. Pinto (Suplente), António Nunes, José Lopes, José Maria Guedes, António Reis, Pedro Couto e Bernardino Oliveira (capitão).

Depois desta façanha, era preciso ir à cidade do Porto, disputar o Campeonato da Promoção.

Acontece que o Sport não tinha verbas para suportar a deslocação à cidade Invicta, mas o engenho e arte destas gentes de então, resolveu a questão socorrendo-se do Cine Parque, que projectava cinema ao ar livre na antiga Praça do Mercado.

Assim, pela cidade apelava-se em cartazes para todos irem ver o filme “A Ilha do Amor”, cujo produto dessa sessão destinava-se a custear as despesas feitas e a fazer com o deslocamento ao Porto da equipa do Sport em disputa para o Campeonato de Promoção.



Nestes seis jogos que disputou, o Sport Club de Penafiel, ganhou quatro, empatou um e perdeu outro, fazendo 19 golos e sofrendo 10.

O desfecho dos jogos foi o seguinte:

Sport Club de Penafiel 6 - 0 Club Desportivo de Portugal

Sport Club de Penafiel 3 – 1 Varzim

Sport Club de Penafiel 2 – 4 Luso Atlético Club

Sport Club de Penafiel 2 – 1 Padroense

Sport Club de Penafiel 4 – 2 Magestic

Sport Club de Penafiel 2 – 2 Avintes


Ficando no final a seguinte Classificação:

1.º – Luso Atlético Club

2.º – Spor Club de Penafiel

3.º – Varzim

4.º – Avintes

5.º – Club Desportivo de Portugal

6.º – Padroense

7.º - Magestic




No final do mesmo, Bernardino, o guarda redes do Sport foi abordado pelo Académico Futebol Clube do Porto para ir jogar para o Estádio do Lima, o qual ainda cheguei a conhecer.



Acontece que o amor à camisola rubro negra falou mais alto, e no fundo do coração, não podia deixar o Sport do tio Nogueira.

Este era um mundo desportivo, onde não entravam toupeiras, nem era atrapalhado por emails, os jogadores não eram meninos mimados, e os árbitros nunca usaram apitos dourados.